TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE , "FRATERNIDADE E FOME", NA CRÔNICA DE MARGARIDA DRUMOND

ALIMENTO E VIDA PARA TODOS *** Margarida Drumond de Assis *** EM EU CONTO PRA VOCÊ, hoje, uma reflexão extremamente relevante, a partir do que nos propõe a Igreja, neste período da Quaresma, iniciado na quarta-feira de cinzas e que se estende até o próximo 2 de abril, Domingo de Ramos, primeiro dia da Semana Santa. É a Campanha da Fraternidade, conforme nos traz a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, desta vez com o tema “Fraternidade e fome”, e o lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mt 14,16), tema sempre em pauta, no Brasil, devido a fatores sociais, econômicos e políticos, especialmente pela desigualdade social que origina insegurança alimentar, o não acesso à saúde, educação e moradia, adequadas a cada ser humano. *** A CAMPANHA DA FRATERNIDADE teve início em 1962, a partir da iniciativa de três sacerdotes membros da Cáritas Brasileira, um dos organismos da CNBB, no ano anterior. Eles, no intuito de angariar recursos para atividades da instituição, promoveram um movimento com esse nome – campanha da fraternidade. Com o tempo, encontros ocorreram para aprofundamento, vendo a possibilidade dessa iniciativa no pais, para levar as pessoas a uma preparação espiritual, trazendo à tona temas pertinentes ao bem-estar e dignidade do ser humano, de forma a resultar em atitudes concretas para o bem de todo o povo. *** E NA CAMPANHA deste ano, quando é trazida a questão da fome, a CNBB o faz pela terceira vez; a primeira foi em 1975, com o tema ‘Fraternidade é repartir’ e o lema Repartir o pão’; a segunda, em 1985, com o tema “Fraternidade e Fome” e o lema “Pão para quem tem fome” . Tal persistência de nossos pastores tem sua razão de ser, pois de fato a fome é drástica na vida de muitos de nossos irmãos, às vezes levando até à morte, tamanha a desnutrição. ****NESTE PERÍODO, somos convidados a refletir sobre as tristezas que habitam o coração do ser humano e, mais ainda, habita a sua própria vida física. Deus criou o homem e a mulher para uma vida em plenitude, com dignidade; assim, não concebe a morte para nosso corpo, a falta do alimento, condição básica para a vida. E, bom como Deus é, deixou-nos terra e alimento para todos. No entanto, não há uma justa produção e distribuição de alimentos para os 207.750.291 brasileiros, conforme o número até o momento apresentado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). ***E O LEMA “Dai-lhes vós mesmos de comer” , conforme propõe a Campanha da Fraternidade, deste ano, vem firmar ainda mais a proposta do 18º Congresso Eucarístico Nacional realizado na Arquidiocese de Recife e Olinda, de 11 a 15 de novembro de 2022, quando, fundamentado no tema “Pão em todas as mesas”, já se percebia a continuidade de uma dura realidade vivida por muitos, e isso suscitou o lema para aquele Congresso Eucarístico - “Repartiam o pão com alegria e não havia necessitado entre eles”, conforme a palavra em Atos, 2,46. **** NESSE CONTEXTO da solidariedade para uma vivência fraterna, pensemos sobre o que nos cabe realizar para vermos em situação de vida digna, principalmente com o alimento diário, aqueles que moram no estado, cidade ou bairro em que estamos, ação com a qual cumprimos o mandamento de Jesus (Mt 14, 16) “Dai-lhes vós mesmos de comer”. A fraternidade exige despojamento e gestos concretos. Mais conscientes, estaremos em melhores condições de celebrarmos Jesus, na Semana maior que se aproxima, louvando-o no Domingo de Ramos, já nos permitindo a alegria de Sua Ressurreição, também diária em nós. Um grande abraço pra você e até o nosso próximo encontro pra você. *** Vitória, 18.03.2023 Tempo 05:15 *** Você ouviu Margarida Drumond. Sou jornalista e professora e, escritora, tenho dezenas de livros solo, dentre eles o romance NO ACERTO DOS BONDES. Beatrice e Cleber se amam, mas tomam diferentes caminhos. Muitos anos depois, se reencontram e percebem que ainda se amam. Mas Cleber está casado e vive com a família na interiorana São Domingos do Prata, em Minas. Sozinha e morando no litoral da Bahia, Beatrice cuida de dois filhos, e lá está Renan, jovem perdidamente apaixonado por ela. Sônia Muniz, de Brasília, uma das inúmeras pessoas que leram este romance, registrou: “A leitura de No acerto dos bondes não nos permite parar, a gente quer logo ver todo o desenrolar da trama. Posso compará-lo a um filme; a disposição do conteúdo do livro coloca-nos diante das personagens” .(01.09)
Contato : margaridadrumond@gmail.com www.margaridadrumond.com FOTO: https://franciscanos.org.br/vidacrista/especiais/campanha-da-fraternidade>. Acesso em 18 mar. 2023.

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