FLYER'S DAS ATIVIDADES AJEB/DF em 2020



 UM SUCESSO! É COMO SE DEFINE O EVENTO DO 2º ANIVERSÁRIO DA AJEB/DF

A Associação De Jornalistas e Escritoras do Brasil  - AJEB, Coordenadoria Distrito Federal (AJEB/DF)  -  Presidente coordenadora: Margarida Drumond de Assis,  acompanhada de várias de suas associadas e convidados, comemoraram,  neste 27 de dezembro, na plataforma do Zoom, o 2º aniversário da entidade; o Centenário de Nascimento da escritora,  poeta e jornalista Clarice Lispector; e um Sarau de Boas-vindas a 2021.

                O evento teve como Mestre de Cerimônia e TI a Diretora de Protocolo e Eventos, Tânia Gomes, que brilhantemente o conduziu, contando também com apoio técnico de Juliano Drumond, professor de Mercado Financeiro em plataformas on-line. Dentre outros, participaram: a Vice-presidente, Meireluce Fernandes, que fez memória do 1º ano de atividades da AJEB/DF, ficando o 2º ano de atividades com a presidente Margarida, com apoio técnico de Juliano;  Maria de Lourdes Fonseca (Lolô Fonseca), membro do Conselho Fiscal; Dinorá Couto Cançado, Diretora de Cultura e Projetos; Almerinda Garibaldi, secretária; as jornalistas e escritoras Rita de Cássia Felicetti de Oliveira; Ray di Castro e Vanessa C.Vaz, hoje membro correspondente da AJEB/DF; escritora e poeta Adriana Levino; Francisco Ricardo Favilla, com seu apoio da sala on-line à AJEB/DF; o membro Honorário, escritor e poeta José Carlos Ferreira Brito (Poeta Brithowisckys); Irislene Morato, Presidente coordenadora da AJEB/MG; e o ator de Brasília, advogado e funcionário público, Kizio Makicélio.

                Para as boas-vindas a 2021, foram apresentados poemas diversos dos próprios participantes da AJEB/DF que, comprovando o lema da entidade “A perenidade do pensamento pela palavra”, abrilhantaram o momento com textos próprios e também com os de autores de remotos tempos, como o da escritora, poeta e jornalista Maria de Carvalho Leite, conhecida Maria Dolores no Espiritismo, baiana de Bonfim da Feira – 10.09.1901 – 27.07.1958; também uma poesia de  Alan Kardec Fortes, falecido há dois meses aos 93 anos; e o poema Ano Novo, de Mário Quintana.

            O encerramento ficou por conta do ator Kizio Makicélio que apresentou um fragmento em prosa da escritora homenageada, em memória, pelos 100 anos de nascimento, Clarice Lispector, encantando a todos.

                                                     

      AJEB/DF 2º ANIVERSÁRIO


Como é bom nos encontrarmos hoje neste momento de comemoração do 2º aniversário da AJEB/DF, também homenageando Clarice Lispector, em memória, pelo seus 100 anos de nascimento, e, vejam só que bênção, estamos confiantes e esperançosos dando as Boas-vindas ao novo ano: 2021. 

2020 nos pegou de surpresa. Estávamos animados preparando a festa do 3º ENCONTRO NACIONAL DE AJEBIANAS, COM A CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DE OURO DA AJEB , mas, subitamente o mundo parou. Um letal e invisível inimigo, o novo coronavírus nos empurrou para dentro de quatro paredes e tivemos de mudar a rota de nosso itinerário. Em nossa pequenez, todo o mundo teve de parar com os projetos programados, restando pedir que Deus olhasse por nós, exterminando a doença causada, a Covid-19. Aliás, ainda o fazemos: a pandemia persiste, mas vacinas estão vindo; com fé, determinação e esperança tudo passará. 

No texto que colocamos como epígrafe da Coletânea, “A vida é feita de histórias”,  que lançamos virtualmente, no dia 8 de abril, comemorando os 50 anos da AJEB Nacional, está um pensamento da patrona desta Coordenadoria, AJEB/DF:  “A verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho, mesmo quando todos dizem que ele é impossível”. Então, creiamos que mesmo quando se trata de algo que não depende de nós, como no caso da pandemia, devemos crer que tudo realmente passará, embora fique em nossa lembrança toda a tristeza causada com milhares de vidas perdidas. Assim, pensando, continuamos, mesmo on-line, a fazer alguns encontros, tentamos nos comunicar na busca de um novo normal.

    Tenhamos em mente que a AJEB é uma entidade que há 50 anos luta pelo bem das pessoas, elevando-lhes a autoestima, o conhecimento e a união. Especificamente busca a AJEB dar maior mais voz e espaço à mulher escritora e jornalista, trabalho no qual temos como Presidente Nacional, a querida e dinâmica escritora, Profa. Maria Odila Menezes de Souza, já com duas brilhantes gestões, administrando as 17 coordenadorias no país. 

A partir do lema “A perenidade do pensamento pela palavra”, criado por uma de suas presidentes, a escritora Maria Eunice Kautman, a AJEB, desde a sua fundação, reúne mulheres determinadas em sua luta por mais felicidade, realização pessoal e profissional. No entanto, nem sempre o caminho se lhes apresenta fácil, mas, ainda assim, vão elas abrindo veredas, inovando, percorrendo espaços muitas vezes pouco acessíveis, mas o fazem porque são guerreiras, criativas, são jornalistas e escritoras, são mulheres.

Com este pensamento, prossigamos a caminhada, pois só é forte quem é firme na fé e decidido no agir. Estejamos sempre unidas para a continuidade deste trabalho, momento no qual agradeço por todas vocês que continuam parceiras na Coordenadia da AJEB no Distrito Federal, agradecendo também aos que nos apoiam, a exemplo do Coral Alegria, regente Ana Boccucci; a Academia Inclusiva de Autores Brasilienses – AIAB, presidente Dinorá Couto Cançado, e a Biblioteca Braille de Taguatinga; os artistas Kizio Makicélio e Sandra Schnyder. Eis a razão de nosso júbilo neste festivo evento, hoje. Muito obrigada. 


Margarida Drumond de Assis 

Presidente Coordenadora AJEB/DF


























ASSOCIAÇÃO DE JORNALISTAS E ESCRITORAS DO BRASIL  - AJEB, COORDENADORIA DISTRITO FEDERAL (AJEB/DF)  - PRESIDENTE COORDENADORA: MARGARIDA DRUMOND DE ASSIS

 

POESIAS DO EVENTO DE 27 DEZ. 2020, AJEB/DF: COMEMORAÇÃO ON-LINE AOS 2 ANOS DA AJEB/DF;  CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CLARICE LISPECTOR E BOAS-VINDAS A 2021, aplicativo Zoom.

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Participantes do sarau: Mestre de Cerimônia, Tânia Gomes; Adriana Levino; Almerinda Garibaldi; Dinorá Couto Cançado; Lolô Fonseca; Margarida Drumond; Meireluce Fernandes; Lolô Fonseca; Poeta Brithowisckys; Rita Felicetti;Vanessa C. Vaz

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1º - De Mário Quintana, “ANO NOVO”,  apresentado por Tânia e Brito:

 

BRITO: Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano, / Vive uma louca chamada Esperança.

TÂNIA: ela pensa que quando todas as buzinas, / Todos os tambores / Todos os reco-recos tocarem:

BRITO: - Ó delicioso voo!

TÂNIA: Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada – outra vez criança. / E em torno dela indagará o povo:

BRITO:  - Como é o teu nome, meninazinha dos olhos verdes?

TÂNIA: E ela lhes dirá /

BRITO: (É preciso dizer-lhes tudo de novo)

TÂNIA: Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam:

BRITO: - O meu nome é ES – PE – RAN – ÇA...

 

2º - De Dinorá Couto Cançado, “OLHAR AMPLIADO”, parte do miniconto do e-book Trechos de vida.

 

A caminho da biblioteca, Nina pensa na comemoração adiada, pois o isolamento social imposto por pandemia frustrou seus planos. Acalenta-se com a alegria da vitória, pois foram 25 anos de atividades voluntárias de inclusão. Enquanto caminha, olha o cenário familiar que registrou seus rastros forjados no tempo de voluntariado dedicado e assíduo. Detalhes no todo ganham olhar de amorosidade, um olhar diferente até com coisas, antes, incomodativas. Tomada por sentimento pleno de emoção, aproxima-se do destino onde colega cega de jornada a aguarda.

Encantamento total, parecia que seus olhos absorviam tudo que via pela frente, depois de mais de um mês sem sair à rua. Detalhes despercebidos ganharam outro olhar: um olhar de amorosidade. Tamanha era a emoção, pondo-se no lugar da companheira cega. Até toco bem na entrada da biblioteca e prejudicial à acessibilidade despertou carinho, bem como mato subindo pelas paredes desse espaço inclusivo.

            Adentrando no espaço, já fechado pela pandemia, os cumprimentos sem poderem abraçar, o local, antes recheado de gente, agora, com apenas quatro pessoas, possibilitou, ainda, uma gravação inusitada, de improviso mesmo, da 1ª atividade de muitas que viria, intitulada “Uma visita virtual à Bibliobraille”, bastante apreciada nos meses adiante, nas redes sociais.

Com essa situação vivenciada, vieram eventos inovativos, diversificados e inclusivos, no formato on-line: Bodas de Prata, Curso Inclusão Social Brasiliense, onde vários desdobramentos vêm surgindo... incluindo pessoas com deficiência visual, como o blog aiabbrasilia.blogspot.com.

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- De Maria de Carvalho Leite (Maria Dolores), “ALEGRIA DO NATAL”, apresentado por Adriana Levino; indicação de Tânia Gomes.

 

            Tânia, sobre a autora: Maria de Carvalho Leite, a conhecida Maria Dolores no Espiritismo, renasceu em Bonfim da Feira (Bahia) em 10 de setembro de 1901 e desencarnou, vitimada por pneumonia, em 27 de julho de 1958; teve três irmãos e duas irmãs; seus pais terrestres foram Hermenegildo Leite e Balmina de Carvalho Leite. Maria Dolores, também chamada de Madô e de Mariinha, diplomou-se professora em 1916 e lecionou no Educandário dos Perdões e no Ginásio Carneiro Ribeiro, ambos em Salvador - Bahia; durante sua vida dedicou-se à Arte Poética e foi redatora-chefe, durante 13 anos, da página feminina do Jornal O Imparcial, além de colaborar no Diário de Notícias e no Imparcial: sua produção poética foi reunida no livro Ciranda da Vida.

“Alegria do Natal”

Agradeço, Jesus,
A bênção do Natal que nos renova e aquece
Em vibrações de paz aos júbilos da prece,
Que te louvam, dos Céus ao pó que forra o chão!...
Agradeço a mensagem que te exalta,
Reacendendo o Sol da Nova Era
Nos cânticos da fé viva e sincera
Que nos refaz e eleva o coração.

Agradeço as palavras em teu nome,
Naqueles que conheço ou desconheço,
Que me falam de ti com bondade sem preço,
Conservando-me em ti, seja em que verbo for,
E as afeições queridas que me trazem,
Por teu ensinamento que me alcança,
A sublime presença da esperança
Ante a força do amor.

Agradeço o conforto
De tudo o que recebo em forma de ternura,
Na mais singela flor que me procura
Ou na prece de alguém
E as generosas mãos que me auxiliam
A repartir migalhas de consolo,
Seja um simples lençol ou um simples bolo
Para a festa do bem.

Agradeço a saudade
Dos entes que deixei noutros campos do mundo,
Que me deram contigo o dom profundo
De aprender a servir, de entender e de orar,
Os afetos que o tempo me resguarda
Sob fulgurações que revejo à distância,
Induzindo-me a ver-te entre os brincos da infância
Nas promessas do lar!...

Por tudo em que o Natal se revela e se expande
A envolver-nos em notas de alegria
Que o teu devotamento nos envia
Em carícias de luz,
Pelo trabalho que nos ofereces,
Perante a fé maior que hoje nos invade,
Para a edificação da Nova Humanidade,
Sê louvado, Jesus!...

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4º - De Vanessa C. Vaz, a crônica  “Leilão de virtudes”, em seu livro Mosaico de mim:

 

     “Não há ideologia superior à generosidade.”

                                       Ulisses Riedel

 

  

Um leilão de mulheres reuniu todos os homens da cidade.  

 

   Uma senhora agradável, a Sabedoria, despertou curiosidade e interesse de muitos. Casar-se com ela era sinal de status. Terminou sendo conquistada pelo Aprendiz.

   A Riqueza foi idealizada por vários, mas poucos se esforçaram para alcançá-la. O Ganancioso a deixou escapar, à medida que desejava sempre mais... Por fim, terminou sendo desfrutada pelo Satisfeito com sua parte.

 

   Outra mulher muito almejada foi a Honestidade. Essa foi levada pelo Caráter.

 

   A Prudência chamou a atenção de muitos, mas foi o Bom Senso que a comprou.

 

   A Paciência foi arrematada) pelo Autodomínio.

 

   O Pensamento adquiriu a Imaginação.

 

   A Sorte fascinou milhares. Todos queriam fazer uso de sua magia. No entanto, só o Acaso pôde com ela.

 

   A Tolerância era uma jovem simples, linda e muito amável; contudo, muito cara para ser obtida. O Respeito ficou com ela.

 

   A mais disputada de todas foi a Paz. Casar-se com ela era sinônimo de felicidade. O Egoísmo tentou se apoderar dela, mas pelo modo inverso, por demanda e não por doação. Até que chegou o Amor e, com jeitinho, a conquistou.

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5º - De Margarida Drumond de Assis, “Minas meu canto”, em seu livro Portal de emoções, lançado em e-book, dia 31 de outubro último. Apresentado por ela e sua netinha Gabrielly Drumond:



Dá-me a licença poética 

De estes versos assim intitular:

É o meu cantar ao chão em que nasci 

E em aconchegante canto me acolheu; 

É melodia incessante que ressoa 

E à tona traz acontecimentos, vultos, histórias. 

 

Canto, porque amo essas Gerais 

Onde amorosa família me embalou, 

E às artes, minha mãe me incentivou. 

 

Minas, de trágicos levantes,  

Lutas pela liberdade:

Cláudio Manuel da Costa, Tiradentes 

E outros destemidos que a luta abraçaram.

 

Minas de intensos amores, 

Tempos idos, lembrados sempre: 

Marília de Dirceu, bem cantou o poeta inconfidente; 

Chica da Silva, forte irreverente.

Ao amor cabe, afinal, sempre mais.

 

Minas, berço de luminosas mentes, 

Em corajosa luta por seu estado, seu país: 

Juscelino Kubitschek, em poético arroubo,  

Brasília fez nascer; 

Tancredo Neves, a esperança despertou,

Nova realidade fez nascer. 

 

Minas criativa, lírica e corajosa, musical:

Se você sabe explicar o que sente, não ama. 

- Bem escreveu Drummond - 

O amor foge de todas as explicações possíveis;

Guimarães Rosa, Grande Sertão: Veredas 

A nossa gente mostrou;  

Carolina Maria de Jesus, poeticamente,

O Quarto de Despejo esvaziou.

 

De Otelo, Zacarias e outros bravos atores, 

Sonhos e realidades se nos vêm; 

Clara Nunes  em sua música, vestes, seu ser, 

A cultura afro divulgou;

Milton Nascimento, empoderado, 

Maria's ao mundo revelou.

 

Ah, Minas,

Essas Gerais que o peito acalenta 

E aonde sempre volto.

 

Minas é sonho, é encanto, 

É, também, a dura realidade: 

Brumadinho e Mariana,

Por barragens devastadas. 

É, porém, a doce, a sempre  amada: 

Minas Gerais

 

(ASSIS, Margarida Drumond de. Portal de emoções. “Terno berço, doce aconchego”, pág. 147. Brasília, 2020, p. 147) 

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- De Meireluce Fernandes, “A ESTRADA”, apresentada por Lolô Fonseca:

 

Quando coloquei os pés na estrada

Passava um ônibus com o nome vida

Passei a viajar... Talvez, de carona...

O meu lugar é na frente, na janela.

 

Todos os passageiros estão tristes

Eu, não... Estou muito feliz!

A viagem é uma verdadeira aventura...

Minha janela é a única aberta.

 

Janela esta, que modela o meu rosto

Soprando os meus cabelos

Encaracolados e sufocados pela brisa.

 

Respiro o ar puro...

Não ouço o ruído dos outros passageiros

Só quero aspirar a suave melodia da estrada da vida.

 

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– De Adriana Levino, poemas pós-balzaqueanos de uma Lobina, “APRENDIZAGENS”, apresentado por ela mesma:

 

Com Clarice aprendi

Que o caminho que

Escolhi é do AMOR.

 

Com o Rosa,

Que o que vida

Quer da gente

É coragem

 

Com Graciliano

Ramos aprendi

Que o mais importante

e bonitono mundo

é queas pessoas estão

sempre em construção

 

Com Adélia,

Que Mulher

É desdobrável.

Mesmo que lhe quebrem as asas,

Ela voa...

 

Com Cora,

No momento incerto

da vida, o mais

importante é

o decidir.

 

Com Drummond

aprendi que amar

se aprende amando.

E que a DOR é

inevitável mas o

sofrimento é opcional.

 

Aprendi com Quintana que

Amar é mudar

A alma de casa.

Que todos passarão

Eu, passarinho!

 

Com Azevedo, aprendi

a sonhar, a ser

poeta e a amar...

 

Com Alencar, aprendi

a trilhar os passos

De Aurélia,

De Diva.

 

Aprendi com Bandeira

Que é preciso recomeçar todos os dias

Até a Indesejada das gentes chegar.

 

Com Henriqueta,

Novos horizontes

Paragens

mundos

Descortinei.

 

E que a poesia

É constituída

De matéria

INDIZÍVEL.

 

Com Lontra, aprendi entre muitas outras coisas,

que é preciso ter/ser/agir

Com ciência e arte!

Renascer a cada

Dia, alquímica FÊNIX.

 

Com Lemos, aprendi

Que nasci para

muito amar,

Perdoar, sonhar...

 

 

Com Mistral, com Neruda,

Aprendi a escrever meus

Felizes e tristes versos.

Com Parra,

A dar Gracias

A la vida

 

Com D. Dinis,

a despertar

o trovador

que existe em mim...

 

Com Florbela,

aprendi a ler

O misterioso livro

Do teu SER.

 

Aleluia!!!

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8º - De  Almerinda Garibaldi, “ESPERA”, apresentado por Dinorá Couto Cançado:

 

 

Tu me conduzes ao doce encontro com a palavra,

Paixão maior e duradoura.

Sons, cores, sons,

O momento da espera,

Calma espera ao som moderno

De uma clássica canção revisitada.

Palavras imediatas, conjuntos de conceitos,

Procurando transmissão de pensamentos sentidos.

Sentir e pensar.

A simultaneidade transforma-se em poemas.

Poemas imediatos,instantâneos,

Poemas inspirados pela fluência infinita do verbo...

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9º. – De José Carlos Ferreira Brito (Poeta  Brithowiscky),  “QUERIA APENAS ESCREVER UM POEMA”, apresentado por ele mesmo:

                                                 

 

Queria escrever... escrever algo só para ti!

Escrever palavras de ternura, de magia....

Que brotassem das entranhas de meu coração.

Queria dizer com elas o que sinto. Como me sinto,

Pressinto.

Queria explicar os probos reais sentimentos

colocando-os em cada silaba, ditongo, tritongo

formando nas palavras os meus anseios...

os meus desejos e os meus efêmeros sonhos!

Peguei uma folha de papel em branco, suspirando

transpirando, supliquei  ao meu coração para escrever

no tum tum do seu compasso rítmo,

traduzindo as palavras em melodia

que pudessem embalar teu coração esperançoso.

Esperneei e esperei surgir cada palavra

que de mim nascia quase engasgada

mas imensa no peito que em chamas ardia,

e ficava pequenina, diminuta, quase invisível

perdida no deserto daquela página em branco,

umedecidas agora em gotas esparsas de lágrimas

Não sabia como interpretar as palavras brotadas

que advindas das entranhas de minh’alma...

Pintei a folha de azul...cor do céu,         

onde as nuvens se fazem algodões, e

na minha imaginação  sempre que

te invento, te vejo junto a mim.

Coloquei no meio uma pequena lágrima,

que depressa se transformou em mar calmo...

Num cantinho disperso desenhei um sorriso

deslumbrante e ele logo ele se tornou sol!

Olhei para a folha, e pareceu-me perfeita...

Mas ainda pálida amarelada pelo tempo

Fiquei momentâneamente sem noção

até notar que havia na praia dos sentidos

a tua ausência e a falta indelével de ti....

No mar que parecia sereno e calmo,

havia tempestades com raios e trovões de emoções,

e o sol?... Ah! o Sol, este sim queimava meu peito de saudades...

Foi aí que pensei em escrever!

Queria escrever... escrever algo só para ti.

Mas não fui capaz.... porque não se escreve

o amor que se sente, na doçura de um beijo,

na ternura de um meigo olhar,

no aconchego de um caloroso abraço

ou a tristeza de uma iminente perda,

Ou no adeus de uma despedida sem volta

Na dor de interminável de uma saudade...

Queria escrever e descrever o amor...

Porém o amor não se descreve, o amor sente-se!

 

 

10º. – Do ator Kizio Makicélio, “EU TE AMO”, apresentado por Meireluce Fernandes:

 

Eu te amo,

porque não acredito que as pessoas não acreditam no nosso amor,

Eu te amo,

porque entendo o que elas não entendem e tampouco procuram,

Eu te amo, porque sei que você poderia amar essas pessoas tão especiais,

E preferiu a mim... 

 

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11º. – De Nina Tubino, “SOU MULHER”, apresentado por Tânia Gomes:

 

Poema publicado  em mais de 100 jornais diários e culturais, inclusive em Portugal, em muitas antologias e que recebeu o 1º lugar em concurso na França, realizado  pela Academia de Letras de Bomboniere.

 

Sou como o vento

que lambe campos e florestas

jogando mil folhas ao léu

entra por tua janela

sem que o desejes.

 

Bafeja teu rosto nas manhãs de inverno e esvoaça teus cabelos

nas tardes de primavera. 

Sou como a chuva que abre sulco nas estradas

que rompe diques e represas mas,

que também  cai mansamente

matando a poeira do chão.

 

Sou como o sol

que mata o verme e seca a roupa 

que bronzeia tua pele

na areia da praia

e aquece do frio

o teu pequenino.

 

Sou como a fonte que geme                  

no silêncio da floresta

a dor de uma saudade

e que encanta teu coração 

com as lágrimas que derrama no regato.

Sou tudo isso e não sou nada.

Sou pó  que corre na estrada,

sou nuvem que anda no céu,

 

Sou Mulher... 

 

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12º - De Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca   (Lolô Fonseca,  “VIVA A POESIA!”, por ela mesma:

 

Meus versos, minhas rimas,

De saudade, de amor e de paixão.

Com eles conto o que vem em meu coração.

Transformando o amor em protagonista da vida.

 

Ah! Sempre o amor a pincelar a alma.

De encanto em cada verso pensado.

De maravilhas em cada rima

Transformada em bela estrofe.

 

E aquele tal desencanto?

Que brota na alma e se transforma em lágrima,

Invadindo os versos de duras penas?

Poesia minha, quão nobre é tua sina!

 

És forte e fraca, alegre e triste.

Encantada sempre pelos anseios meus.

Com potencial de transformar a vida

Em um verdadeiro canto de vários ais.

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13º - De Rita de Cássia Felicetti de Oliveira, a crônica “Adeus 2020, ano do sol, Boas vindas 2021, de Vênus”, intitulada “O AMOR VAI ESTAR NO AR”.

 

 

            O ano do sol trouxe muitas mudanças nas vidas de todas as pessoas do planeta. Iluminou o que estava escondido dentro e fora de nós. Os familiares passaram a conviver de uma forma mais constante. Pais e filhos se encontraram nos intervalos dos estudos e trabalhos. Casamentos acabaram porque não houve tolerância aos defeitos mútuos, mas muitos relacionamentos começaram on LINE, naturalmente.  

   Tivemos que nos acostumar a mudanças radicais de vida, porque chegou uma pandemia mundial que ninguém esperava. E olha que nem na imaginação mais fértil podíamos prever que teríamos que nos adaptar a andar de máscaras, passar álcool nas mãos fora de casa ao entrar em supermercados, farmácias... e ao voltar. 

    A vida passou a ser 90 % dentro de casa, pois os bares, restaurantes e cinemas, os clubes, parques e shoppings tiveram que ficar fechados... Até reabrir lentamente em outubro com a pressão da economia, muitos tiveram perdas incalculáveis e perderam empregos. E de novo corremos o risco de fechar com a segunda onda do Covid 19, porque a aglomerações nos ônibus e metrôs não pararam. E na Europa, tão rígida no primeiro semestre, nas férias de verão em julho e agosto não tiveram cuidado e voltaram os índices de infectados 

    A vida se voltou para as mídias, principalmente Whatsapp, Zoom, Instagram, Telegram. A Era de Aquário trouxe a tecnologia, a rapidez da Comunicação. E podemos conversar com várias pessoas ao mesmo tempo. Não com o calor humano dos abraços e beijos que o brasileiro tanto gosta, mas passamos a interagir muito mais, e mesmo as camadas mais pobres da população preferiu ter celular para todos da família do que outras necessidades. 

     E com tantos cursos on-line e grátis, o tempo passou a ficar muito curto, trazendo a necessidade de priorizar o que é mais importante de acordo com a área de interesse de cada um. Mas quem não se inscreveu e até pagou cursos on LINE e não teve tempo de assistir? Deixamos para depois, porque vai ficar gravado na plataforma e depois se pode acessar. Será? 

    Confesso que não tive mais tempo para a televisão e seu sensacionalismo sobre a doença do ano e os crimes que adoram noticiar. Não perdi nada e mantive a minha energia alta, participando de encontros de oração e meditação on LINE,  dando aulas e  fazendo práticas construtivas nas salas de Zoom. Aprendi sobre jardinagem, trabalhos manuais, dicas de nutrição, origami, ativação energética, Reiki, H'ooponopono, Terapia para os olhos, Ecologia Interna, Respirações ativas e Tarô. 1

   Acompanhei de longe as vergonhas da nossa política, brigas do presidente da República com o Supremo, Congresso passando leis estapafúrdias que aumentam a nossa dívida, Banco Central remunerando a sobra de caixa dos bancos que continuaram enriquecendo, ao invés de cumprir o seu papel de fomentar a economia com o próprio dinheiro da população depositado para gerar empregos e impostos. 

   "É hora de virar o jogo", propõe a sociedade alerta e informada pelo grupo de voluntários apoliticos da Auditoria Cidadã da Dívida. Só colocar no Google se você quiser se informar como no meio de tanto sofrimento da população com a perda de entes queridos e descaso dos governantes, ainda tiveram como se enriquecer mais e sugar a pátria amada Brasil. 

    Mas 2021 está chegando com uma energia diferente. Regido pelo planeta Vênus, do Amor Incondicional, esperamos que os exploradores do povo em todo o mundo sejam sensibilizados enquanto é tempo de não perderem suas encarnações auspiciosas, pois quem planta colherá nesta ou em outras vidas. 

   Para compensar a aura do planeta, negra com tantas tristezas, medos e angústias, tantas pessoas se uniram para auxiliar os seus irmãos, com preces e irradiações individuais ou com seus grupos religiosos on line. Nas nuvens no céu várias batalhas foram travadas e seres tenebrosos levados para outros planetas pelas naves do guardiões pleidianos. Muitas campanhas de arrecadação de dinheiro e alimentos mataram a fome de tantos. Nunca houve tantas oportunidades de auxiliar os desvalidos da sorte. 

   E você de que lado quer estar nessa separação do joio e do trigo em pleno Apocalipse? 

  Desejo a todos que em 2021 tenhamos mais Paz, Amor e Luz nos nossos corações. Muito perdão e reconciliação no ano de Vênus ! 

 

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14º - De Alan Kardec Fortes, “NÃO DEIXE PRA DEPOIS”, indicação de Rita Felicetti em homenagem ao Frater da Rosacruz, falecido há dois meses, aos 93 anos. Apresentado por  Almerinda Garibaldi:

 

Eu deveria ter visto

Eu deveria ter percebido

Mas, tão apressado,

Não tinha tempo

Não vi.

 

Eu deveria ter ouvido

Mas, tão ocupado

Tão preocupado

Não ouvi

Não percebi.

 

Eu deveria também ter questionado

Mas, não seria desconfiança?

Não ficaria bem

Não questione!

 

Agora,

Vivo com o que

Não quis ver

Não quis ouvir

Não questionei

Não percebi.

 

Estava cego, surdo, mudo

Omisso.

 

 

15º - Autor desconhecido, “DESEJOS”, apresentado por Dinorá e Almerinda:

 

DINORÁ- Para você, desejo o sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.

               

ALMERINDA -  Para você, desejo todas as cores desta vida. Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.

 

DINORÁ: Desejo que os amigos sejam mais cúmplices; que sua família esteja mais unida; que sua vida seja mais bem vivida.

 

ALMERINDA: Gostaria de lhe desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.

 

DINORÁ: Desejos grandes, e que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade.

 



- HOMENAGEM À CLARICE LISPECTOR, EM SEU CENTENÁRIO DE NASCIMENTO

Por Margarida Drumond: Clarice Lispector foi uma das mais renomadas escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, a "Geração de 45". Por suas obras e vida, recebeu vários prêmios, dentre eles, o da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.

                Clarice nasceu na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, veio com os pais para o Brasil em 1921, pois fugiam da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa (1918-1920). É autora de romances, contos e ensaios, considerada uma das maiores personalidades do século XX. Tinha uma forte personalidade e não se importava com as críticas.

A respeito, assim dizia: 

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.

Dentre as várias obras que deixou, estão: Perto do coração selvagem; o Lustre; A maçã no escuro; A paixão segundo G. H.; A mulher que matou os peixes; Água viva; Via crucis do Corpo; Onde estivestes de noite?;  Visão do esplendor e A hora da estrela.     Faleceu na véspera de seu aniversário, dia 9 de dezembro em 1977.

2º Em seguida, o ator Kizio Makélio apresentou um fragmento de texto em prosa de Clarice Lispector.



 

DE MEIRELUCE FERNANDES, VICE-PRESIDENTE DA AJEB/DF, APRESENTADO POR ELA SOBRE O 1º ANO DE ATIVIDADES DA AJEB/DF:

 

OS DOIS ANOS DA AJEB E AS BOAS VINDAS A 2021!

           

            É sempre uma alegria imensa e renovada estar aqui com vocês, mais uma vez. E hoje, é um dia muito especial, pois, estamos comemorando os 2 anos da nossa Coordenadoria (AJEB/DF) e dando as boas-vindas a 2021! Que realmente ele venha com toda a força. Tenhamos fé e esperança, pois só assim venceremos.

            Quero cumprimentar a todas(os), principalmente, à nossa amada Presidente Margarida Drumond, que tanto tem trabalhado e se dedicado à nossa Associação, em prol do lema geral da AJEB – “A perenidade do pensamento pela palavra”.

            Vamos, neste momento, relembrar alguns fatos históricos e marcantes em 2019: -- Iniciemos, pela Posse da Presidente Margarida, que aqui está ao lado da Presidente Nacional, Maria Odila M. de Souza, no 1° Encontro Nacional de Ajebianas, ocorrido no Nordeste.

            - Reunião na ANE (Associação Nacional de Escritores), com as primeiras Associadas.

            - Depois, vemos a Instalação da AJEB/DF, ocorrida em outubro, de 2018, no Sindicato de Jornalistas, elucidando aqui, a bela performance da Artista Sandra e a Diretoria empossada.

            - Tivemos novas Posses, na Câmara Legislativa do DF, a exemplo da Escritora Nina Tubino, do Historiador e escritor Adirson Vasconcelos, da escritora Almerinda Garibaldi e outras.

            - Em setembro de 2019, nossa Presidente Margarida, em sinal de integração com a AJEB Nacional, participou do 2º Encontro Nacional de Ajebianas, em Tubarão, Santa Carina.

            - Fizemos inúmeros Eventos, em 2019. Aqui mostramos, a valiosa parceria pela inclusão, com a AIAB (Academia Inclusiva de Autores Brasilienses), presidida pela nossa 2ª Diretora de Cultura e Projetos Dinorá do Couto Cansado.

            - Palestras da Presidente Margarida, a da Vice-presidente Meireluce e a da 1ª Diretora de Cultura e Projetos, Tânia Gomes, esta última, com apresentação artística do ator KizioMakicélio, na Câmara Legislativa do DF.

            - Evento literário, no Restaurante Carpediem, com agradecimentos e Placa de reconhecimento e gratidão à Embaixadora de El Salvador, Diana Vanegas.

            - Palestras pelo Dia da Mulher, com a presença entre outras autoridades da Secretária da Mulher do GDF, Sra. Érika Filippelli, na Faculdade Horizonte.

            - Por fim, reunião com o Secretário de Cultura do DF, com vistas ao planejamento do 3º Encontro Nacional de Ajebianas e o Jubileu de Ouro da AJEB. As negociações foram interrompidas, por conta da Pandemia, neste ano de 2020.

            - Passo a palavra para a Presidente Margarida, que discorrerá sobre nossas atividades/ações neste fatídico ano.

                                                                                             Muito obrigada! Boa Noite.



FLYER'S DAS ATIVIDADES AJEB/DF em 2020

                                                   Por Margarida Drumond de Assis
















CLARICE LISPECTOR, UMA MINIBIOGRAFIA


Clarice Lispector foi uma das mais renomadas escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, a "Geração de 45". Por suas obras e vida, recebeu vários prêmios, dentre eles, o da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.

            Clarice nasceu na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, veio com os pais para o Brasil em 1921, pois fugiam da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa (1918-1920).

É autora de romances, contos e ensaios, considerada uma das maiores personalidades do século XX. Tinha uma forte personalidade e não se importava com as críticas. A respeito, assim dizia:

Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.

Dentre as várias obras que deixou, estão: Perto do coração selvagem; o Lustre; A maçã no escuro; A paixão segundo G. H.; A mulher que matou os peixes; Água viva; Via crucis do Corpo; Onde estivestes de noite?;  Visao do esplendor e A hora da estrela.

            Faleceu na véspera de seu aniversário, dia 9 de dezembro em 1977.


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