UM SUCESSO! É COMO SE DEFINE O EVENTO DO 2º ANIVERSÁRIO DA AJEB/DF
A Associação De Jornalistas e
Escritoras do Brasil - AJEB,
Coordenadoria Distrito Federal (AJEB/DF)
- Presidente coordenadora:
Margarida Drumond de Assis, acompanhada
de várias de suas associadas e convidados, comemoraram, neste 27 de dezembro, na plataforma do Zoom,
o 2º aniversário da entidade; o Centenário de Nascimento da escritora, poeta e jornalista Clarice Lispector; e um Sarau
de Boas-vindas a 2021.
O evento teve como Mestre de
Cerimônia e TI a Diretora de Protocolo e Eventos, Tânia Gomes, que
brilhantemente o conduziu, contando também com apoio técnico de Juliano
Drumond, professor de Mercado Financeiro em plataformas on-line. Dentre outros,
participaram: a Vice-presidente, Meireluce Fernandes, que fez memória do 1º ano
de atividades da AJEB/DF, ficando o 2º ano de atividades com a presidente
Margarida, com apoio técnico de Juliano;
Maria de Lourdes Fonseca (Lolô Fonseca), membro do Conselho Fiscal;
Dinorá Couto Cançado, Diretora de Cultura e Projetos; Almerinda Garibaldi,
secretária; as jornalistas e escritoras Rita de Cássia Felicetti de Oliveira;
Ray di Castro e Vanessa C.Vaz, hoje membro correspondente da AJEB/DF; escritora
e poeta Adriana Levino; Francisco Ricardo Favilla, com seu apoio da sala
on-line à AJEB/DF; o membro Honorário, escritor e poeta José Carlos Ferreira
Brito (Poeta Brithowisckys); Irislene Morato, Presidente coordenadora da
AJEB/MG; e o ator de Brasília, advogado e funcionário público, Kizio Makicélio.
Para as
boas-vindas a 2021, foram apresentados poemas diversos dos próprios
participantes da AJEB/DF que, comprovando o lema da entidade “A perenidade do
pensamento pela palavra”, abrilhantaram o momento com textos próprios e também
com os de autores de remotos tempos, como o da escritora, poeta e jornalista Maria
de Carvalho Leite, conhecida Maria Dolores
no Espiritismo, baiana de Bonfim da Feira – 10.09.1901 – 27.07.1958; também
uma poesia de Alan Kardec Fortes,
falecido há dois meses aos 93 anos; e o poema Ano Novo, de Mário Quintana.
O
encerramento ficou por conta do ator Kizio Makicélio que apresentou um
fragmento em prosa da escritora homenageada, em memória, pelos 100 anos de
nascimento, Clarice Lispector, encantando a todos.
AJEB/DF 2º ANIVERSÁRIO
Como é bom nos encontrarmos hoje neste momento de comemoração do 2º aniversário da AJEB/DF, também homenageando Clarice Lispector, em memória, pelo seus 100 anos de nascimento, e, vejam só que bênção, estamos confiantes e esperançosos dando as Boas-vindas ao novo ano: 2021.
2020 nos pegou de surpresa. Estávamos animados preparando a festa do 3º ENCONTRO NACIONAL DE AJEBIANAS, COM A CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DE OURO DA AJEB , mas, subitamente o mundo parou. Um letal e invisível inimigo, o novo coronavírus nos empurrou para dentro de quatro paredes e tivemos de mudar a rota de nosso itinerário. Em nossa pequenez, todo o mundo teve de parar com os projetos programados, restando pedir que Deus olhasse por nós, exterminando a doença causada, a Covid-19. Aliás, ainda o fazemos: a pandemia persiste, mas vacinas estão vindo; com fé, determinação e esperança tudo passará.
No texto que colocamos como epígrafe da Coletânea, “A vida é feita de histórias”, que lançamos virtualmente, no dia 8 de abril, comemorando os 50 anos da AJEB Nacional, está um pensamento da patrona desta Coordenadoria, AJEB/DF: “A verdadeira coragem é ir atrás de seu sonho, mesmo quando todos dizem que ele é impossível”. Então, creiamos que mesmo quando se trata de algo que não depende de nós, como no caso da pandemia, devemos crer que tudo realmente passará, embora fique em nossa lembrança toda a tristeza causada com milhares de vidas perdidas. Assim, pensando, continuamos, mesmo on-line, a fazer alguns encontros, tentamos nos comunicar na busca de um novo normal.
Tenhamos em mente que a AJEB é uma entidade que há 50 anos luta pelo bem das pessoas, elevando-lhes a autoestima, o conhecimento e a união. Especificamente busca a AJEB dar maior mais voz e espaço à mulher escritora e jornalista, trabalho no qual temos como Presidente Nacional, a querida e dinâmica escritora, Profa. Maria Odila Menezes de Souza, já com duas brilhantes gestões, administrando as 17 coordenadorias no país.
A partir do lema “A perenidade do pensamento pela palavra”, criado por uma de suas presidentes, a escritora Maria Eunice Kautman, a AJEB, desde a sua fundação, reúne mulheres determinadas em sua luta por mais felicidade, realização pessoal e profissional. No entanto, nem sempre o caminho se lhes apresenta fácil, mas, ainda assim, vão elas abrindo veredas, inovando, percorrendo espaços muitas vezes pouco acessíveis, mas o fazem porque são guerreiras, criativas, são jornalistas e escritoras, são mulheres.
Com este pensamento, prossigamos a caminhada, pois só é forte quem é firme na fé e decidido no agir. Estejamos sempre unidas para a continuidade deste trabalho, momento no qual agradeço por todas vocês que continuam parceiras na Coordenadia da AJEB no Distrito Federal, agradecendo também aos que nos apoiam, a exemplo do Coral Alegria, regente Ana Boccucci; a Academia Inclusiva de Autores Brasilienses – AIAB, presidente Dinorá Couto Cançado, e a Biblioteca Braille de Taguatinga; os artistas Kizio Makicélio e Sandra Schnyder. Eis a razão de nosso júbilo neste festivo evento, hoje. Muito obrigada.
Margarida Drumond de Assis
Presidente Coordenadora AJEB/DF
POESIAS DO EVENTO DE 27 DEZ. 2020, AJEB/DF: COMEMORAÇÃO
ON-LINE AOS 2 ANOS DA AJEB/DF;
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CLARICE LISPECTOR E BOAS-VINDAS A 2021,
aplicativo Zoom.
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Participantes do sarau: Mestre de Cerimônia, Tânia Gomes; Adriana Levino; Almerinda
Garibaldi; Dinorá Couto Cançado; Lolô Fonseca; Margarida Drumond; Meireluce
Fernandes; Lolô Fonseca; Poeta Brithowisckys; Rita Felicetti;Vanessa C. Vaz
_________________
1º - De Mário Quintana, “ANO NOVO”, apresentado por Tânia e Brito:
BRITO:
Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano, / Vive uma louca chamada
Esperança.
TÂNIA:
ela pensa que quando todas as buzinas, / Todos os tambores / Todos os
reco-recos tocarem:
BRITO:
- Ó delicioso voo!
TÂNIA:
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada – outra vez criança. /
E em torno dela indagará o povo:
BRITO: - Como é o teu nome, meninazinha dos olhos
verdes?
TÂNIA:
E ela lhes dirá /
BRITO:
(É preciso dizer-lhes tudo de novo)
TÂNIA:
Ela lhes dirá bem alto, para que não se esqueçam:
BRITO:
- O meu nome é ES – PE – RAN – ÇA...
2º - De Dinorá Couto Cançado, “OLHAR AMPLIADO”, parte do miniconto do e-book Trechos de vida.
A caminho da
biblioteca, Nina pensa na comemoração adiada, pois o isolamento social imposto
por pandemia frustrou seus planos. Acalenta-se com a alegria da vitória, pois
foram 25 anos de atividades voluntárias de inclusão. Enquanto caminha, olha o
cenário familiar que registrou seus rastros forjados no tempo de voluntariado
dedicado e assíduo. Detalhes no todo ganham olhar de amorosidade, um olhar
diferente até com coisas, antes, incomodativas. Tomada por sentimento pleno de
emoção, aproxima-se do destino onde colega cega de jornada a aguarda.
Encantamento total,
parecia que seus olhos absorviam tudo que via pela frente, depois de mais de um
mês sem sair à rua. Detalhes despercebidos ganharam outro olhar: um olhar de
amorosidade. Tamanha era a emoção, pondo-se no lugar da companheira cega. Até
toco bem na entrada da biblioteca e prejudicial à acessibilidade despertou
carinho, bem como mato subindo pelas paredes desse espaço inclusivo.
Adentrando
no espaço, já fechado pela pandemia, os cumprimentos sem poderem abraçar, o
local, antes recheado de gente, agora, com apenas quatro pessoas, possibilitou,
ainda, uma gravação inusitada, de improviso mesmo, da 1ª atividade de muitas
que viria, intitulada “Uma visita virtual à Bibliobraille”, bastante apreciada
nos meses adiante, nas redes sociais.
Com essa situação
vivenciada, vieram eventos inovativos, diversificados e inclusivos, no formato
on-line: Bodas de Prata, Curso Inclusão Social Brasiliense, onde vários
desdobramentos vêm surgindo... incluindo pessoas com deficiência visual, como o
blog aiabbrasilia.blogspot.com.
****
3º
- De Maria de Carvalho
Leite (Maria Dolores), “ALEGRIA DO NATAL”, apresentado por
Adriana Levino; indicação de Tânia Gomes.
Tânia,
sobre a autora: Maria de Carvalho Leite, a conhecida
Maria Dolores no Espiritismo,
renasceu em Bonfim da Feira (Bahia) em 10 de setembro de 1901 e desencarnou,
vitimada por pneumonia, em 27 de julho de 1958; teve três irmãos e duas irmãs;
seus pais terrestres foram Hermenegildo Leite e Balmina de Carvalho Leite. Maria Dolores, também chamada de Madô
e de Mariinha, diplomou-se professora em 1916 e lecionou no Educandário dos
Perdões e no Ginásio Carneiro Ribeiro, ambos em Salvador - Bahia; durante sua
vida dedicou-se à Arte Poética e foi redatora-chefe, durante 13 anos, da página feminina do Jornal O Imparcial,
além de colaborar no Diário de Notícias e no Imparcial: sua produção poética
foi reunida no livro Ciranda da Vida.
“Alegria do Natal”
****
4º - De Vanessa C. Vaz, a crônica
“Leilão de virtudes”, em seu
livro Mosaico de mim:
“Não há ideologia superior à
generosidade.”
Ulisses Riedel
Um leilão de mulheres reuniu todos os homens da
cidade.
Uma senhora agradável, a Sabedoria, despertou
curiosidade e interesse de muitos. Casar-se com ela era sinal de status.
Terminou sendo conquistada pelo Aprendiz.
A Riqueza foi idealizada por vários, mas
poucos se esforçaram para alcançá-la. O Ganancioso a deixou escapar, à medida
que desejava sempre mais... Por fim, terminou sendo desfrutada pelo Satisfeito
com sua parte.
Outra mulher muito almejada foi a Honestidade.
Essa foi levada pelo Caráter.
A Prudência chamou a atenção de muitos, mas
foi o Bom Senso que a comprou.
A Paciência foi arrematada) pelo Autodomínio.
O Pensamento adquiriu a Imaginação.
A Sorte fascinou milhares. Todos queriam fazer
uso de sua magia. No entanto, só o Acaso pôde com ela.
A Tolerância era uma jovem simples, linda e
muito amável; contudo, muito cara para ser obtida. O Respeito ficou com ela.
A mais disputada de todas foi a Paz. Casar-se
com ela era sinônimo de felicidade. O Egoísmo tentou se apoderar dela, mas pelo
modo inverso, por demanda e não por doação. Até que chegou o Amor e, com
jeitinho, a conquistou.
****
5º - De Margarida Drumond de Assis, “Minas meu canto”, em seu livro Portal de emoções, lançado em e-book,
dia 31 de outubro último. Apresentado por ela e sua netinha Gabrielly Drumond:
Dá-me a licença
poética
De estes versos assim
intitular:
É o meu cantar ao chão
em que nasci
E em aconchegante
canto me acolheu;
É melodia incessante
que ressoa
E à tona traz
acontecimentos, vultos, histórias.
Canto, porque amo
essas Gerais
Onde amorosa família
me embalou,
E às artes, minha mãe
me incentivou.
Minas, de trágicos
levantes,
Lutas pela liberdade:
Cláudio Manuel da
Costa, Tiradentes
E outros destemidos
que a luta abraçaram.
Minas de intensos
amores,
Tempos idos, lembrados
sempre:
Marília de Dirceu, bem
cantou o poeta inconfidente;
Chica da Silva, forte
irreverente.
Ao amor cabe, afinal,
sempre mais.
Minas, berço de
luminosas mentes,
Em corajosa luta por
seu estado, seu país:
Juscelino Kubitschek,
em poético arroubo,
Brasília fez
nascer;
Tancredo Neves, a
esperança despertou,
Nova realidade fez
nascer.
Minas criativa, lírica
e corajosa, musical:
Se você sabe explicar
o que sente, não ama.
- Bem escreveu
Drummond -
O amor foge de todas
as explicações possíveis;
Guimarães Rosa, Grande
Sertão: Veredas
A nossa gente
mostrou;
Carolina Maria de
Jesus, poeticamente,
O Quarto de Despejo
esvaziou.
De Otelo, Zacarias e
outros bravos atores,
Sonhos e realidades se
nos vêm;
Clara Nunes em
sua música, vestes, seu ser,
A cultura afro
divulgou;
Milton Nascimento,
empoderado,
Maria's ao mundo
revelou.
Ah, Minas,
Essas Gerais que o
peito acalenta
E aonde sempre volto.
Minas é sonho, é
encanto,
É, também, a dura
realidade:
Brumadinho e Mariana,
Por barragens
devastadas.
É, porém, a doce, a
sempre amada:
Minas Gerais
(ASSIS, Margarida Drumond de. Portal de emoções. “Terno berço, doce
aconchego”, pág. 147. Brasília, 2020, p. 147)
****
6º - De Meireluce
Fernandes, “A ESTRADA”,
apresentada por Lolô Fonseca:
Quando coloquei os pés na estrada
Passava um ônibus com o nome vida
Passei a viajar... Talvez, de carona...
O meu lugar é na frente, na janela.
Todos os passageiros estão tristes
Eu, não... Estou muito feliz!
A viagem é uma verdadeira aventura...
Minha janela é a única aberta.
Janela esta, que modela o meu rosto
Soprando os meus cabelos
Encaracolados e sufocados pela brisa.
Respiro o ar puro...
Não ouço o ruído dos outros passageiros
Só quero aspirar a suave melodia da estrada da vida.
****
7º – De Adriana Levino, poemas pós-balzaqueanos de uma Lobina, “APRENDIZAGENS”, apresentado por ela
mesma:
Com Clarice aprendi
Que o caminho que
Escolhi é do AMOR.
Com o Rosa,
Que o que vida
Quer da gente
É coragem
Com Graciliano
Ramos aprendi
Que o mais importante
e bonitono mundo
é queas pessoas estão
sempre em construção
Com Adélia,
Que Mulher
É desdobrável.
Mesmo que lhe quebrem as asas,
Ela voa...
Com Cora,
No momento incerto
da vida, o mais
importante é
o decidir.
Com Drummond
aprendi que amar
se aprende amando.
E que a DOR é
inevitável mas o
sofrimento é opcional.
Aprendi com Quintana que
Amar é mudar
A alma de casa.
Que todos passarão
Eu, passarinho!
Com Azevedo, aprendi
a sonhar, a ser
poeta e a amar...
Com Alencar, aprendi
a trilhar os passos
De Aurélia,
De Diva.
Aprendi com Bandeira
Que é preciso recomeçar todos os dias
Até a Indesejada das gentes chegar.
Com Henriqueta,
Novos horizontes
Paragens
mundos
Descortinei.
E que a poesia
É constituída
De matéria
INDIZÍVEL.
Com Lontra, aprendi entre muitas outras coisas,
que é preciso ter/ser/agir
Com ciência e arte!
Renascer a cada
Dia, alquímica FÊNIX.
Com Lemos, aprendi
Que nasci para
muito amar,
Perdoar, sonhar...
Com Mistral, com Neruda,
Aprendi a escrever meus
Felizes e tristes versos.
Com Parra,
A dar Gracias
A la vida
Com D. Dinis,
a despertar
o trovador
que existe em mim...
Com Florbela,
aprendi a ler
O misterioso livro
Do teu SER.
Aleluia!!!
****
8º - De Almerinda Garibaldi, “ESPERA”, apresentado por Dinorá Couto Cançado:
Tu me conduzes ao doce encontro com a palavra,
Paixão maior e duradoura.
Sons, cores, sons,
O momento da espera,
Calma espera ao som moderno
De uma clássica canção revisitada.
Palavras imediatas, conjuntos de conceitos,
Procurando transmissão de pensamentos sentidos.
Sentir e pensar.
A simultaneidade transforma-se em poemas.
Poemas imediatos,instantâneos,
Poemas inspirados pela fluência infinita do verbo...
****
9º. –
De José Carlos Ferreira Brito (Poeta Brithowiscky), “QUERIA
APENAS ESCREVER UM POEMA”, apresentado por ele mesmo:
Queria escrever... escrever algo só para ti!
Escrever palavras de ternura, de magia....
Que brotassem das entranhas de meu coração.
Queria dizer com elas o que sinto. Como me sinto,
Pressinto.
Queria explicar os probos reais sentimentos
colocando-os em cada silaba, ditongo, tritongo
formando nas palavras os meus anseios...
os meus desejos e os meus efêmeros sonhos!
Peguei uma folha de papel em branco, suspirando
transpirando, supliquei ao meu coração para escrever
no tum tum do seu compasso rítmo,
traduzindo as palavras em melodia
que pudessem embalar teu coração esperançoso.
Esperneei e esperei surgir cada palavra
que de mim nascia quase engasgada
mas imensa no peito que em chamas ardia,
e ficava pequenina, diminuta, quase invisível
perdida no deserto daquela página em branco,
umedecidas agora em gotas esparsas de lágrimas
Não sabia como interpretar as palavras brotadas
que advindas das entranhas de minh’alma...
Pintei a folha de azul...cor do céu,
onde as nuvens se fazem algodões, e
na minha imaginação sempre que
te invento, te vejo junto a mim.
Coloquei no meio uma pequena lágrima,
que depressa se transformou em mar calmo...
Num cantinho disperso desenhei um sorriso
deslumbrante e ele logo ele se tornou sol!
Olhei para a folha, e pareceu-me perfeita...
Mas ainda pálida amarelada pelo tempo
Fiquei momentâneamente sem noção
até notar que havia na praia dos sentidos
a tua ausência e a falta indelével de ti....
No mar que parecia sereno e calmo,
havia tempestades com raios e trovões de emoções,
e o sol?... Ah! o Sol, este sim queimava meu peito de
saudades...
Foi aí que pensei em escrever!
Queria escrever... escrever algo só para ti.
Mas não fui capaz.... porque não se escreve
o amor que se sente, na doçura de um beijo,
na ternura de um meigo olhar,
no aconchego de um caloroso abraço
ou a tristeza de uma iminente perda,
Ou no adeus de uma despedida sem volta
Na dor de interminável de uma saudade...
Queria escrever e descrever o amor...
Porém o amor não se descreve, o amor sente-se!
10º. – Do ator Kizio Makicélio,
“EU TE AMO”, apresentado por Meireluce Fernandes:
Eu te amo,
porque não acredito
que as pessoas não acreditam no nosso amor,
Eu te amo,
porque entendo o que
elas não entendem e tampouco procuram,
Eu te amo, porque sei
que você poderia amar essas pessoas tão especiais,
E preferiu a
mim...
****
11º. – De Nina Tubino, “SOU MULHER”, apresentado por Tânia
Gomes:
Poema
publicado em mais de 100 jornais diários e culturais, inclusive em
Portugal, em muitas antologias e que recebeu o 1º lugar em concurso na França,
realizado pela Academia de Letras de Bomboniere.
Sou como o vento
que lambe campos e florestas
jogando mil folhas ao léu
entra por tua janela
sem que o desejes.
Bafeja teu rosto nas manhãs de
inverno e esvoaça teus cabelos
nas tardes de primavera.
Sou como a chuva que abre sulco nas
estradas
que rompe diques e represas mas,
que também cai mansamente
matando a poeira do chão.
Sou como o sol
que mata o verme e seca a roupa
que bronzeia tua pele
na areia da praia
e aquece do frio
o teu pequenino.
Sou como a fonte que geme
no silêncio da floresta
a dor de uma saudade
e que encanta teu coração
com as lágrimas que derrama no
regato.
Sou tudo isso e não sou nada.
Sou pó que corre na estrada,
sou nuvem que anda no céu,
Sou Mulher...
****
12º - De Maria de Lourdes Torres de Almeida
Fonseca (Lolô Fonseca, “VIVA A POESIA!”, por ela mesma:
Meus
versos, minhas rimas,
De
saudade, de amor e de paixão.
Com
eles conto o que vem em meu coração.
Transformando
o amor em protagonista da vida.
Ah!
Sempre o amor a pincelar a alma.
De
encanto em cada verso pensado.
De
maravilhas em cada rima
Transformada
em bela estrofe.
E
aquele tal desencanto?
Que
brota na alma e se transforma em lágrima,
Invadindo
os versos de duras penas?
Poesia
minha, quão nobre é tua sina!
És
forte e fraca, alegre e triste.
Encantada
sempre pelos anseios meus.
Com
potencial de transformar a vida
Em
um verdadeiro canto de vários ais.
****
13º
- De Rita de Cássia
Felicetti de Oliveira, a crônica “Adeus 2020, ano do sol, Boas
vindas 2021, de Vênus”, intitulada “O
AMOR VAI ESTAR NO AR”.
O ano do sol trouxe muitas mudanças nas
vidas de todas as pessoas do planeta. Iluminou o que estava escondido dentro e
fora de nós. Os familiares passaram a conviver de uma forma mais constante.
Pais e filhos se encontraram nos intervalos dos estudos e trabalhos. Casamentos
acabaram porque não houve tolerância aos defeitos mútuos, mas muitos
relacionamentos começaram on LINE, naturalmente.
Tivemos
que nos acostumar a mudanças radicais de vida, porque chegou uma pandemia
mundial que ninguém esperava. E olha que nem na imaginação mais fértil podíamos
prever que teríamos que nos adaptar a andar de máscaras, passar álcool nas mãos
fora de casa ao entrar em supermercados, farmácias... e ao voltar.
A vida
passou a ser 90 % dentro de casa, pois os bares, restaurantes e cinemas, os
clubes, parques e shoppings tiveram que ficar fechados... Até reabrir
lentamente em outubro com a pressão da economia, muitos tiveram perdas
incalculáveis e perderam empregos. E de novo corremos o risco de fechar com a
segunda onda do Covid 19, porque a aglomerações nos ônibus e metrôs não
pararam. E na Europa, tão rígida no primeiro semestre, nas férias de verão em
julho e agosto não tiveram cuidado e voltaram os índices de infectados
A vida
se voltou para as mídias, principalmente Whatsapp, Zoom, Instagram, Telegram. A
Era de Aquário trouxe a tecnologia, a rapidez da Comunicação. E podemos
conversar com várias pessoas ao mesmo tempo. Não com o calor humano dos abraços
e beijos que o brasileiro tanto gosta, mas passamos a interagir muito mais, e
mesmo as camadas mais pobres da população preferiu ter celular para todos da
família do que outras necessidades.
E
com tantos cursos on-line e grátis, o tempo passou a ficar muito curto,
trazendo a necessidade de priorizar o que é mais importante de acordo com a
área de interesse de cada um. Mas quem não se inscreveu e até pagou cursos on
LINE e não teve tempo de assistir? Deixamos para depois, porque vai ficar
gravado na plataforma e depois se pode acessar. Será?
Confesso
que não tive mais tempo para a televisão e seu sensacionalismo sobre a doença
do ano e os crimes que adoram noticiar. Não perdi nada e mantive a minha
energia alta, participando de encontros de oração e meditação on LINE,
dando aulas e fazendo práticas construtivas nas salas de Zoom. Aprendi
sobre jardinagem, trabalhos manuais, dicas de nutrição, origami, ativação
energética, Reiki, H'ooponopono, Terapia para os olhos, Ecologia Interna,
Respirações ativas e Tarô. 1
Acompanhei de longe as vergonhas da nossa política, brigas do presidente
da República com o Supremo, Congresso passando leis estapafúrdias que aumentam
a nossa dívida, Banco Central remunerando a sobra de caixa dos bancos que
continuaram enriquecendo, ao invés de cumprir o seu papel de fomentar a
economia com o próprio dinheiro da população depositado para gerar empregos e
impostos.
"É
hora de virar o jogo", propõe a sociedade alerta e informada pelo grupo de
voluntários apoliticos da Auditoria Cidadã da Dívida. Só colocar no Google se
você quiser se informar como no meio de tanto sofrimento da população com a
perda de entes queridos e descaso dos governantes, ainda tiveram como se
enriquecer mais e sugar a pátria amada Brasil.
Mas 2021
está chegando com uma energia diferente. Regido pelo planeta Vênus, do Amor
Incondicional, esperamos que os exploradores do povo em todo o mundo sejam
sensibilizados enquanto é tempo de não perderem suas encarnações auspiciosas,
pois quem planta colherá nesta ou em outras vidas.
Para
compensar a aura do planeta, negra com tantas tristezas, medos e angústias,
tantas pessoas se uniram para auxiliar os seus irmãos, com preces e irradiações
individuais ou com seus grupos religiosos on line. Nas nuvens no céu várias
batalhas foram travadas e seres tenebrosos levados para outros planetas pelas
naves do guardiões pleidianos. Muitas campanhas de arrecadação de dinheiro e
alimentos mataram a fome de tantos. Nunca houve tantas oportunidades de
auxiliar os desvalidos da sorte.
E você de
que lado quer estar nessa separação do joio e do trigo em pleno
Apocalipse?
Desejo a todos
que em 2021 tenhamos mais Paz, Amor e Luz nos nossos corações. Muito perdão e
reconciliação no ano de Vênus !
****
14º - De Alan Kardec Fortes, “NÃO DEIXE PRA DEPOIS”,
indicação de Rita Felicetti em homenagem ao Frater da Rosacruz, falecido há
dois meses, aos 93 anos. Apresentado por
Almerinda Garibaldi:
Eu deveria ter visto
Eu deveria ter percebido
Mas, tão apressado,
Não tinha tempo
Não vi.
Eu deveria ter ouvido
Mas, tão ocupado
Tão preocupado
Não ouvi
Não percebi.
Eu deveria também ter questionado
Mas, não seria desconfiança?
Não ficaria bem
Não questione!
Agora,
Vivo com o que
Não quis ver
Não quis ouvir
Não questionei
Não percebi.
Estava cego, surdo, mudo
Omisso.
15º - Autor desconhecido, “DESEJOS”,
apresentado por Dinorá
e Almerinda:
DINORÁ- Para você, desejo o
sonho realizado. O amor esperado. A esperança renovada.
ALMERINDA - Para você, desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir. Todas as músicas que puder emocionar.
DINORÁ: Desejo que os amigos
sejam mais cúmplices; que sua família esteja mais unida; que sua vida seja mais
bem vivida.
ALMERINDA: Gostaria de lhe
desejar tantas coisas. Mas nada seria suficiente... Então, desejo apenas que
você tenha muitos desejos.
DINORÁ: Desejos grandes, e
que eles possam te mover a cada minuto, ao rumo da sua felicidade.
Por Margarida Drumond: Clarice Lispector foi
uma das mais renomadas escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, a
"Geração de 45". Por suas obras e vida, recebeu vários prêmios,
dentre eles, o da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça
Aranha.
Clarice
nasceu na Ucrânia,
em 10 de dezembro de 1920, veio com os pais para o Brasil em 1921, pois fugiam da perseguição aos judeus durante a Guerra
Civil Russa (1918-1920). É autora
de romances, contos e ensaios, considerada uma das maiores personalidades do
século XX. Tinha uma forte personalidade e não se importava com as críticas.
A respeito, assim
dizia:
“Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as
coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.
Dentre as várias obras
que deixou, estão: Perto do coração selvagem; o Lustre; A maçã no escuro; A
paixão segundo G. H.; A mulher que matou os peixes; Água viva; Via crucis do
Corpo; Onde estivestes de noite?; Visão
do esplendor e A hora da estrela. Faleceu
na véspera de seu aniversário, dia 9 de dezembro em 1977.
2º
Em seguida, o ator Kizio Makélio apresentou um fragmento de texto em prosa de
Clarice Lispector.
DE MEIRELUCE FERNANDES,
VICE-PRESIDENTE DA AJEB/DF, APRESENTADO POR ELA SOBRE O 1º ANO DE ATIVIDADES DA
AJEB/DF:
OS DOIS ANOS DA AJEB E AS BOAS VINDAS A 2021!
É sempre uma alegria imensa e
renovada estar aqui com vocês, mais uma vez. E hoje, é um dia muito especial,
pois, estamos comemorando os 2 anos da nossa Coordenadoria (AJEB/DF) e dando as
boas-vindas a 2021! Que realmente ele venha com toda a força. Tenhamos fé e
esperança, pois só assim venceremos.
Quero
cumprimentar a todas(os), principalmente, à nossa amada Presidente Margarida
Drumond, que tanto tem trabalhado e se dedicado à nossa Associação, em prol do
lema geral da AJEB – “A perenidade do pensamento pela palavra”.
Vamos,
neste momento, relembrar alguns fatos históricos e marcantes em 2019: --
Iniciemos, pela Posse da Presidente Margarida, que aqui está ao lado da
Presidente Nacional, Maria Odila M. de Souza, no 1° Encontro Nacional de
Ajebianas, ocorrido no Nordeste.
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Reunião na ANE (Associação Nacional de Escritores), com as primeiras
Associadas.
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Depois, vemos a Instalação da AJEB/DF, ocorrida em outubro, de 2018, no
Sindicato de Jornalistas, elucidando aqui, a bela performance da Artista Sandra
e a Diretoria empossada.
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Tivemos novas Posses, na Câmara Legislativa do DF, a exemplo da Escritora Nina
Tubino, do Historiador e escritor Adirson Vasconcelos, da escritora Almerinda
Garibaldi e outras.
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Em setembro de 2019, nossa Presidente Margarida, em sinal de integração com a
AJEB Nacional, participou do 2º Encontro Nacional de Ajebianas, em Tubarão,
Santa Carina.
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Fizemos inúmeros Eventos, em 2019. Aqui mostramos, a valiosa parceria pela
inclusão, com a AIAB (Academia Inclusiva de Autores Brasilienses), presidida
pela nossa 2ª Diretora de Cultura e Projetos Dinorá do Couto Cansado.
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Palestras da Presidente Margarida, a da Vice-presidente Meireluce e a da 1ª
Diretora de Cultura e Projetos, Tânia Gomes, esta última, com apresentação
artística do ator KizioMakicélio, na Câmara Legislativa do DF.
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Evento literário, no Restaurante Carpediem, com agradecimentos e Placa de
reconhecimento e gratidão à Embaixadora de El Salvador, Diana Vanegas.
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Palestras pelo Dia da Mulher, com a presença entre outras autoridades da
Secretária da Mulher do GDF, Sra. Érika Filippelli, na Faculdade Horizonte.
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Por fim, reunião com o Secretário de Cultura do DF, com vistas ao planejamento
do 3º Encontro Nacional de Ajebianas e o Jubileu de Ouro da AJEB. As negociações
foram interrompidas, por conta da Pandemia, neste ano de 2020.
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Passo a palavra para a Presidente Margarida, que discorrerá sobre nossas
atividades/ações neste fatídico ano.
Muito obrigada! Boa Noite.
FLYER'S DAS ATIVIDADES AJEB/DF em 2020
Por Margarida Drumond de Assis
CLARICE LISPECTOR, UMA MINIBIOGRAFIA
Clarice Lispector foi uma das mais renomadas escritoras da terceira fase do modernismo brasileiro, a "Geração de 45". Por suas obras e vida, recebeu vários prêmios, dentre eles, o da Fundação Cultural do Distrito Federal e o Prêmio Graça Aranha.
Clarice nasceu na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, veio com os pais para o Brasil em 1921, pois fugiam da perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa (1918-1920).
É autora de romances, contos e ensaios, considerada uma das maiores personalidades do século XX. Tinha uma forte personalidade e não se importava com as críticas. A respeito, assim dizia:
“Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro.
Dentre as várias obras que deixou, estão: Perto do coração selvagem; o Lustre; A maçã no escuro; A paixão segundo G. H.; A mulher que matou os peixes; Água viva; Via crucis do Corpo; Onde estivestes de noite?; Visao do esplendor e A hora da estrela.
Faleceu na véspera de seu aniversário, dia 9 de dezembro em 1977.

































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