O evento se deu pela plataforma Zoom e contou com presença de familiares, de amigos escritores e de dois sacerdotes que muito conviveram com o saudoso arcebispo jesuíta: o presbítero do Centro Cultural de Brasília – CCB, Brasília/DF, Pe. José Carlos Brandi Aleixo, de quem Dom Luciano era amigo e companheiro de Ordem na Companhia de Jesus, e Pe. Marcelo Moreira Santiago, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, da Arquidiocese de Mariana, Mariana/MG.
O precioso momento foi conduzido pelo filho da autora Juliano Drumond, professor em plataforma de mercado financeiro. Pe. Aleixo deu seu testemunho sobre a vida e obra do amigo Dom Luciano, o que reporta aos anos 1940; Pe. Marcelo, que prefaciou a obra, além de frisar o legado de amor deixado por Dom Luciano e suas ações de caridade em Mariana, destacou a importância da Série Dom Luciano, pastor e irmão que continuará levando adiante e de forma mais intensa, considerando-se tratar de crônicas, textos curtos e criativos, a vida de Dom Luciano Mendes de Almeida, de quem o processo de Beatificação está no Vaticano, já alcançado o primeiro passo que o tornou “Servo de Deus”.
Com o fato de Dom Luciano, pastor e irmão se constituir em uma Série, escritores e poetas amigos de Margarida Drumond, apresentaram as sinopses dos três volumes: o Vol. I por Lolô Fonseca; o Vol. II, por José Carlos Ferreira Brito; e o Vol. III, por Meireluce Fernandes. Para finalizar, Margarida leu fragmentos dos versos de sua “Ode a Dom Luciano”; Pe. Marcelo conduziu a Oração pela Beatificação e Canonização; seguindo-se a poesia “Margarida é uma flor”, pelo acadêmico Brito que homenageou a amiga escritora.
Com este lançamento e somando-se o livro de poesias, Portal de emoções, lançado dia 31 de outubro último, a intensa escritora, jornalista, diretora de teatro, fotógrafa e cronista Margarida Drumond de Assis somou mais quatro livros à sua já vasta Coleção, totalizando 25 livros – 21 editados e os 4 mais recentes, em e-book, cujos lançamentos ocorreram nos últimos quatro meses.
SERVIÇO
- APRESENTAÇÃO DA AUTORA
Quem é Margarida Drumond de Assis? É mulher e mãe; escritora; a mulher da nobreza e da fé em Deus e ao próximo. Dom Luciano, pastor e Irmão – Crônicas, Vol. III é o seu 25º livro solo. Nasceu em Timóteo/MG e, para nossa felicidade, está radicada em Brasília. É mãe de Gelmar, de Juliano e de Allan; vovó de Gabrielly, que nasceu de Juliano e Jaqueline; mãe dedicada e amorosa é parceira de seus filhos e de toda a sua família. Margarida é escritora, jornalista, diretora teatral, poetisa, romancista, cronista, redatora e fotógrafa. Margarida não para! É mulher de conteúdo surpreendente. É autora de 21 Livros impressos/editados e de 4 Livros editados na plataforma on-line. Com as letras, Margarida Drumond pratica o Amor. Ler Margarida é tarefa leve, suave e Divina! Suas obras encantam por seus valores e significados. Ler Margarida é descobrir a nobreza das grandes letras, com as quais eternizamos a beleza, o bem e o amor. É Presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil, Coordenadoria Distrito Federal – AJEB-DF e acaba de ser eleita Diretora de Letras da Academia de Letras e Música do Brasil – Almub; é membro da Academia Internacional de Cultura – AIC. Por seu trabalho, tem recebido prêmios, que representam o reconhecimento das instituições às suas produções literoculturais, como o “Prêmio AIC de Literatura – 2020” - Escritora Lolô Fonseca (Maria de Lourdes Torres de Almeida Fonseca) Brasília/DF 31.10.2020.
- SINOPSES
I fioretti di D. Luciano. Eis o que pensei ao
passar os olhos pelas páginas do primeiro volume das crônicas de Margarida Drumond de Assis, referentes
ao saudoso pastor e irmão D. Luciano
Pedro Mendes de Almeida... I fioretti
di D. Luciano nos lembram i fioretti
di San Francesco. Assim como o santo de Assis, nosso querido bispo amava os
pobres (...). As primeiras crônicas, tal qual o prelúdio de uma ópera, nos
introduzem no universo místico de D. Luciano, que teve como notas introdutórias
as palavras do Pe. Leonel Franca: “Quem não deu tudo, não deu nada; com o
Absoluto não se regateia” - Pe. Edelcio
Serafim Ottaviani, Arquidiocese de São Paulo (In Prefácio do livro,
lançamento em 27 ago. 2020).
No Volume II da
Série, temos a marcante presença de dois corações que se encontraram. A
escritora Margarida Drumond de Assis, que com sua sensibilidade soube captar a
mensagem de vida de D. Luciano Pedro Mendes de Almeida, passando-a, em
crônicas, transmitidas em rádio... Outro coração que chega por este texto
belíssimo é o do bispo Dom Luciano, evangelizador da Igreja no Brasil e
além-fronteiras... Encontramos nestas crônicas o testemunho de um pastor que,
junto às multidões em oração, ou adentrando os casebres das periferias na
Arquidiocese de São Paulo ou nos rincões das Minas Gerais, transmitia o anúncio
do Evangelho do Bom Samaritano: acolhida e inclusão dos caídos e a escuta dos
sons diversos da voz de Deus”. Pe.
Vanderlei Santos de Sousa, C.Ss.R., Juiz de Fora/MG (In
Prefácio do livro, lançamento em 5 de out. 2020).
Dom Luciano
Mendes de Almeida teve uma vida incomum de santidade, uma vida unida a Deus e
de amor e dedicação ao próximo, de serviço à Igreja e, especialmente, de
cuidado em favor dos mais necessitados, pobres e excluídos, in nomine Iesu (em nome de Jesus).
Marcou-nos profundamente por seu despojamento total em relação aos bens deste
mundo e pela gratuidade e entrega de si mesmo, sem reservas. Uma vida de doação
e serviço em favor do Reino de Deus (...). Com sensibilidade e riqueza de
detalhes, de uma forma simples, envolvente e agradável, Margarida Drumond de
Assis recolhe, com originalidade, a partir de sua volumosa obra, qual
verdadeiro compêndio, Dom Luciano,
especial dom de Deus, estas preciosas crônicas, agora editadas em três
tomos, Dom Luciano, pastor e irmão, dando-nos, em nova oportunidade, a
graça de nos recordar, para deleite da alma e para a vivência ardorosa da fé, a
vida desse Servo de Deus que soube, em tudo, com humildade, bondade e espírito
de serviço, fazer a vontade de Deus, sendo imbatível “doutor em caridade e
apóstolo dos pobres” - Pe. Marcelo
Moreira Santiago - Mariana/MG, (In Prefácio do livro, lançamento em 11 dez. 2020)
POESIAS
- ODE A DOM
LUCIANO
Margarida Drumond de Assis
PARTE I
De um expoente nome da Igreja / Hoje quero lhe
falar / Luciano Pedro Mendes de Almeida /Que no Rio de Janeiro nasceu. / No ano
30, 5 de outubro, século XX. (...) //
Já em sua
Primeira Comunhão/ Demonstrou o que almejava na vida: / “Quero ser padre, mas
padre aviador”. / E Padre ele foi, também Bispo, Arcebispo / Já, aviador, não,
mas muito voou /Para atender aos que estavam em locais distantes; / O
aconselhamento, a serenidade e a sabedoria, /Que lhe eram tão peculiares, / Mostravam-se
necessárias em decisivos momentos.//
Fosse no Brasil,
em questões agrárias, /Junto aos camponeses ou padres e missionários, atacados,
/Lá estava presente Dom Luciano./ Nas ocupações, quando das lutas por moradia,
/Via-se no meio o corajoso pastor. /Tanto isto se deu, em São Paulo, Capital, /
Que uma pedrada o atingiu.//
Também em seu tempo, em Mariana /Bem se viu a
força e a coragem do Arcebispo, (...) /Participava, agora, de movimentos
comunitários /Fossem as comunidades do centro ou dos bairros / Ou ainda dos
distantes ambientes rurais. (...) //
Em questões polêmicas, /Nas quais a Igreja
precisava se posicionar /- Aborto; pena de morte; ataques aos indígenas; /Acusações
a padres, leigos, missionários; Documentos da Igreja, /Privatização de
empresas, temas políticos, até, /A tudo sabiamente se posicionava o Arcebispo
jesuíta Luciano. (...)
PARTE II
(...) Exemplos, temos, de ações, Como aquela
que pôs fim à vida /De Dom Oscar Romero, / Morto enquanto celebrava uma Missa.
Também
aqui no Brasil, /Muitos foram os eventos que o atingiram: /Assassinato de Padre
Josimo e Pe. João Bosco Burnier, /Também do italiano missionário, /Pe. Ezequiel
Ramin. (...) //
Nos eventos maiores da Igreja /Muito se viu a
relevância da presença /Do arcebispo do Brasil, Dom Luciano Mendes: /Nos
Sínodos dos Bispos, por vários anos, /Foi ele Delegado e confirmado pelo Papa /Para
em Roma estar presente /Em nome dos Bispos do Brasil. (...) //
Também nas Conferências do CELAM, /Como as de
Medellín, 68; Puebla, em 79, /Sobretudo
a de Santo Domingo, em 92. /(...) A Igreja toda, ainda hoje, /Na pessoa de seus
padres e bispos daquele tempo /Muito se lembra do que fez Dom Luciano: /Contribuiu
para se chegar /A um Documento final da Conferência. (...) /Resgatando as
linhas essenciais do marcante evento:/A Nova Evangelização; a Promoção
Integral; /E a Evangelização inculturada.//
E aquele foi um momento, /Tão fortemente
celebrado,/ Que o hoje saudoso Pe. Jaime Vélez, / Jesuíta da Colômbia,/ Ao
prestar seu depoimento/ Sobre o companheiro de Ordem Luciano,/ Ovacionou-o,
aplaudiu-o fortemente,/ Como se ainda presente, em tão marcante dia.//
Dom Luciano fizera um epílogo, lúcido e
generoso,/ Contemplando expectativas desejadas,/ E a tudo concluiu apresentando/
A intitulada “Oração de Santo Domingo”,/ Na qual, os três primeiros versos
dizem:/ “Senhor Jesus Cristo, Filho de
Deus vivo,/ Bom Pastor e Nosso Irmão,/Nossa
única opção é por Ti!”
PARTE III
Assim, Dom
Luciano, nesta Ode/ Quero apresentar-te nosso reconhecimento. (...) / Incansável
eras em ações tantas/No atendimento eclesial e ao irmão necessitado:/ Os pobres
o tinham como pai:/ “Faz favor, apague a luz, tá atrapalhando a gente a
dormir!”/ Disse um dos pobres que, em tua varanda,/ Livre do relento estava.//
“Dom Luciano, o guarda-chuva!”, preveniu-o, um
amigo,/Ao ver-te descer do carro para com o pobre falar:/ “Não, não quero, o
irmão está molhando, quero molhar com ele!”/ (...)//
Presente estás,
conosco, e tal perdurará/Tantos foram os exemplos deixados,/ As obras de
misericórdia praticadas,/ Com teu testemunho ensinando-nos/ A viver mais em
fraternidade:/(...)//
O teu agir sereno e feliz, no cumprimento da
missão, / Tua coragem e determinação no agir perene/ Por uma vida digna e
melhor para todos,/ São lembranças incrustadas em nossa mente e coração.//
Queremos ver-te
declarado Santo,/ Modelo de vida foste,
modelo és!/Sendo humano, bom, caridoso. (...)//
Por teus ensinamentos, Dom Luciano,/Melhor
ficou de nos mantermos firmes/Na luta para o alcance de uma vida/Que mais se
assemelhe à vida de Jesus (Brasília/DF,
27.08.2020).
- MARGARIDA É UMA FLOR
Poeta
Brithowisckys
Mágica nas palavras e nos textos envolventes,
Autora intelectual, mulher de várias facetas
Real e verdadeira, seu sorriso é marca indelével de
sua
Generosidade de princípios e fé inquebrantável
Autêntica, sincera, a talentosa das letras,
Ri da vida de uma maneira íntima “glamourosa”
I ncrivel e imprescindível, a maga
das letras
De nome exclusivo de uma famosa flor
Atua frente a vida é um sorriso e louvor
Drumond sobrenome de famoso poeta
Reluz como o sol brilhante da manhã
Ultraindependedente, moderna e carismática
Mulher incansável, altruísta com visão de mundo
Obstinada e transcendente na arte da escrita
Notável saber, de elevado cunho cultural
Desembaraçada, disciplinada, dotada de carisma.
SOBRE MARGARIDA DRUMOND
Nas minhas impressões sobre Margarida Drumond, curvo-me ante esta mulher
guerreira e vitoriosa. Eu a comparo respeitosamente a Máquina de Escrever.
Engraçado que há até uma Música Clássica com esse tema. .Margarida, tem
carisma, empatia, iniciativas e espirito
de vencedora. Trata as pessoas de forma graciosa, carinhosa e sempre com um
sorriso nos lábios! Qualquer pessoa que se aproxima dela, vera sinceridade de
minhas palavras. Tem amor pelo que faz, e o faz com maestria, própria das
pessoas comparáveis aos grandes Best-Sellers. Fica aqui registrado a minha
gratidão pelo carinho que ela trata a minha musa, minha inspiradora,
companheira o meu grande amor: Meireluce Fernandes. Abraços do poeta
Brithowiskys.
- VÍDEO
– HOMENAGEM DE DOM PEDRO CASALDÁLIGA
CANTIGA A DOM
LUCIANO
Nosso Dom Luciano, /Bom samaritano, /Doce
bom pastor.//
Doce e bom pastor. /Como ‘Deus é bom’ /Ele
é bom também,/ Viveu entre nós/ Só
fazendo o bem./ /
Nosso Dom Luciano, /Bom samaritano, / Doce
bom pastor.//
Toda a sua vida/ É flor de Evangelho,/
Bem-aventurança/De Justiça e Paz, /Viva Eucaristia /No Pão da Palavra,/Viva a
Eucaristia/No Vinho do amor.//
Nosso Dom Luciano, /Bom samaritano, /Doce
bom pastor. /Servidor dos pobres, /Pai dos excluídos,/
O povo da rua, //
O povo da rua/Todo sofredor, /Encontra
acolhida/ Em seu coração. /Servidor dos pobres/Pai dos excluídos/ Carregou a
cruz/ Da Libertação.//
Nosso Dom Luciano,/ Bom samaritano, /Doce
bom pastor. //
Sábio conselheiro /Pela Caminhada, /Profeta
da Igreja/ Na CNBB /E em todo o CELAM,/ Soube fazer seus/ Todos os projetos/ Do
Reino de Deus.//
Nosso Dom Luciano, / Bom samaritano, /
Doce bom pastor.
(Ago.
de 2011)
- PREFÁCIO DE PE.
MARCELO MOREIRA SANTIAGO – VOL. III
PREFÁCIO
Acolho o honroso convite da escritora e
jornalista Srta. Margarida Drumond de Assis para prefaciar o terceiro volume de
crônicas sobre o Servo de Deus Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, intitulado
“Dom Luciano, Pastor e irmão”.
Tive a graça de conviver com Dom Luciano
Mendes, sobretudo entre os anos de 1991 a 2006, quando de seu falecimento.
Trabalhava na ocasião, até o ano 2.000, como formador no Seminário
Arquidiocesano de Mariana e, no correr de todos esses anos, fui assumindo, em
espírito de serviço, funções pastorais na Arquidiocese de Mariana, me
permitindo um contato mais frequente e próximo a ele, pelo que sou muito
agradecido a Deus.
Dom Luciano Mendes viveu uma vida
incomum de santidade, uma vida unida a Deus e de amor e dedicação ao próximo,
de serviço à Igreja e, especialmente, de cuidado em favor dos mais
necessitados, pobres e excluídos, in
nomine Iesu (em nome de Jesus).
Marcou-nos profundamente por seu
despojamento total em relação aos bens deste mundo e pela gratuidade e entrega
de si mesmo, sem reservas. Uma vida de doação e serviço em favor do Reino de
Deus.
Ele foi um Pastor de grande
sensibilidade e coragem profética; de extrema misericórdia e solicitude. Com
odor de santidade, desvelava, em gestos de caridade, o amor de Deus, procurando
sempre amparar as pessoas em suas necessidades materiais e espirituais,
fazer-se “irmão do outro”.
Em verdade, o amor incondicional a Jesus
levou-o a se colocar totalmente a serviço do próximo. “O que fizeres ao menor
dos pequeninos, é a mim que o fizeste” (Mt 25, 40).
Nos passos de Jesus, o Bom Pastor, o Servo de
Deus Dom Luciano Mendes nos ensinou, com devotado amor, testemunhado em obras,
a beleza de fazer o bem, de amar e servir. Aplicando a ele uma expressão do
Papa Francisco, Dom Luciano “foi um Pastor com cheiro de ovelha”.
É disto que nos fala esse terceiro
volume que reúne dizeres preciosos de Dom Luciano, sobretudo em seus últimos
dias; testemunhos e depoimentos pós
mortem de cardeais, bispos, padres, de seus coirmãos jesuítas, de
religiosos/as, seminaristas, leigos/as, familiares e autoridades... tantos que
tiveram a graça de conviver com este santo homem. Também vemos nestas páginas a
repercussão de sua morte nos meios de comunicação social, nas instituições e
movimentos civis e eclesiais; acontecimentos marcantes ligados à sua vida e
pastoreio, atestando a sua santidade de vida e o momento seguinte, após o seu
falecimento, vivido pela Igreja no Brasil e pela Arquidiocese de Mariana.
Com sensibilidade e riqueza de detalhes,
de uma forma simples, envolvente e agradável, Margarida Drumond de Assis
recolhe, com originalidade, a partir de sua volumosa obra, qual verdadeiro
compêndio, Dom Luciano, especial dom de
Deus, estas preciosas crônicas, agora editadas em três tomos, dando-nos, em
nova oportunidade, a graça de nos recordar, para deleite da alma e para a
vivência ardorosa da fé, da vida desse Servo de Deus que soube, em tudo, com
humildade, bondade e espírito de serviço, fazer a vontade de Deus, sendo
imbatível “doutor em caridade e apóstolo dos pobres”.
Obrigado, Margarida, por esse presente
que alimenta em todos nós a gratidão e a devoção para com o Servo de Deus Dom
Luciano Mendes e a esperança de vê-lo, tão logo, no andamento do processo de
sua canonização, venerado nos altares de nossas Igrejas, para honra e glória de
Deus, bem da Igreja, vida e salvação de seu povo.
A leitura desse terceiro volume de
crônicas, atentos aos exemplos do Servo de Deus Dom Luciano Mendes, nos ajude a
renovar os bons propósitos da vida cristã:de sermos melhores, de amar mais, de
fazer sempre o bem, de ajudar o próximo, de cuidar mais da vida, também do
planeta, nossa casa comum, de não esquecer os pobres, de servir com amor e de
testemunhar que “Deus é bom”! - Pe.
Marcelo Moreira Santiago, Mariana, 7 de novembro de 2020.
____________
Pe.
Marcelo Moreira Santiago é padre da Arquidiocese de Mariana. Foi ordenado em
06.01.90, em Barbacena, sua terra natal. É Pároco da Paróquia Sagrado Coração
de Jesus, em Mariana; Professor de Teologia Moral no Seminário Arquidiocesano
São José e Assessor Arquidiocesano da Pastoral Carcerária. Quando da morte de
Dom Luciano, foi indicado como Administrador Diocesano até a Posse Canônica do
novo Arcebispo Dom Geraldo Lyrio Rocha.
- ORAÇÃO PARA
PEDIR A BEATIFICAÇÃO DE DOM LUCIANO
“ORAÇÃO PARA PEDIR A
DEUS A BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃ0 DE DOM LUCIANO E ALCANÇAR GRAÇAS POR SUA
INTERCESSÃO
Senhor
Jesus Cristo, glória dos vossos sacerdotes, Bom Pastor que destes a vida pelas
vossas ovelhas, nós vos agradecemos pelas virtudes e dons com que dignastes
adornar a alma do grande Arcebispo, Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, para
fazer dele um Modelo Luminoso de defensor dos pobres, reformador da Igreja e
Santificador do Povo Cristão.
Vós
que prometestes glorificar aqueles que vos servirem, dignai-vos glorificar, com
a honra dos altares, se for para a maior glória da Santíssima Trindade e honra
do vosso Sacerdócio e da vossa Igreja, este vosso servo, Dom Luciano Pedro
Mendes de Almeida, e concedei-nos, para esse fim, por sua Intercessão junto de
Vós, a graça (pede-se a graça...) que confiantemente vos pedimos.
Pai
Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai
Pede-se comunicar qualquer graça alcançada à Cúria
Metropolitana de Mariana/MG”
________
In: ASSIS, Margarida Drumond de. Dom Luciano, especial dom de Deus. Brasília: Executiva, 2010, p. 921, conf. “santinho” que recebi de várias pessoas, dentre as quais, Irmã Neusa Simões.
- CRÔNICA DE PE. ALEIXO
DOM LUCIANO MENDES DE ALMEIDA: ESPECIAL
DOM DE DEUS
Pe.
José Carlos Brandi Aleixo
Professor
Emérito da Universidade de Brasília
Inicialmente, muito agradeço à renomada,
laboriosa e competente autora Margarida Drumond de Assis o honroso convite para
escrever sobre o saudoso e benemérito Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida.
Conheci-o em 1946. Éramos alunos do
Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro. Residia eu com vários jovens no
“Internato” de nome Aloisianum, na
Rua Bambina 115, fundado e dirigido pelo famoso Pe. Murillo Moutinho. Luciano
morava com seus pais e irmãos. Em eventos religiosos e também ocasionais
atividades esportivas, Luciano frequentava o Aloisianum. Era exemplo de devoção e de solidariedade.
Em 1947, aconselhado pelo jesuíta Padre
Felix Almeida, ingressou no noviciado dos jesuítas da “Província do Brasil Central”,
na cidade fluminense de Nova Friburgo.
Em 1948, com diversos companheiros,
ingressei no mesmo Noviciado. Na Companhia de Jesus, ele dura dois anos. Seu
teor de vida era austero. Dispunha, o noviço, de modesto cubículo individual.
Em sua parede, pendia um látego. Era instrumento de autoflagelação. Seu uso
servia de penitência para faltas como atrasos nas cerimônias de oração e de
reuniões comunitárias, cadeira fora do lugar, etc. Cada noviço usava sua
mesinha para leitura e prece. Na sua mesinha, Luciano colocou, bem visível,
faixa com palavras em latim1
, matéria que estudava. Pedia-se que todo colega se valesse de Luciano em
qualquer hora, sem temor de que ele fosse prejudicado.
Significativamente, ao correr dos anos,
Dom Luciano manteve o hábito de ajudar o próximo. Certa vez, comentou sobre o
modo de saudar: “O cristão deveria perguntar: ‘Você está bem? O que posso fazer
por você?’”. Palavra belíssima no cristianismo é “ajudar”. Jesus disse: “[...]
o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir [...]”2
Na residência jesuítica em Nova Friburgo, não
havia garçons para servir à mesa. Eram os próprios “escolásticos” que cumpriam
essas tarefas. Por providência dos Superiores, coube a Luciano (então júnior)
ministrar refeição a meus pais na festa do Jubileu de Prata do casamento deles
ocorrido em 29 de outubro de 1925. Impressionou aos presentes a simplicidade, a
presteza e a alegria do Irmão Luciano em contribuir para a felicidade de
outros.
Era tradição que, no final do Curso de
Filosofia, os Professores jesuítas designassem aluno preclaro para fazer defesa
pública de teses do Curso. Convocado para tal encargo, Luciano cumpriu-o com
notável brilho acadêmico (Summa cum laude).3
Em suas onerosas e múltiplas viagens
dentro e fora do Brasil, Dom Luciano passava, numerosas vezes, pelo aeroporto
de Brasília. Em uma delas, lá nos encontramos. Aguardávamos a chamada ao
embarque. Tive a grata oportunidade de ouvi-lo. Conhecendo o trabalho dos
jesuítas na Capital Federal, comentou ele que era também missão deles acolher,
como Jesus, os “Nicodemos” da vida. O Evangelho conta que o Salvador recebeu,
em hora avançada, Nicodemos. Em conversa amistosa , franca e edificante, Jesus
o converteu. Entre os poucos que prestaram serviços a Jesus no Calvário, estava
Nicodemos (nome de raiz grega com o sentido de “vencedor do povo”). Com José de
Arimateia, colocou o corpo do mártir em sepulcro condigno. Só Deus sabe a
quantos Nicodemos orientou Dom Luciano no caminho de servir ao próximo.
Dom
Luciano Mendes de Almeida e Pedro Aleixo
Como escrito anteriormente, em 29 de outubro
de 1950, em Nova Friburgo, o jovem jesuíta Luciano Pedro Mendes de Almeida
conheceu o casal Pedro Aleixo e Maria Stuart Brandi Aleixo na comemoração das
Bodas de Prata de casamento de ambos. Em 1988, a Santa Sé nomeou Dom Luciano
Arcebispo de Mariana, cidade em que nasceu Pedro Aleixo em 1901. Esses e outros
fatores contribuíram para o maior conhecimento mútuo. É nesse contexto que
concluo com palavras do artigo de Dom Luciano sobre Pedro Aleixo por ocasião do
centenário do nascimento dele:
A
voz abençoada de Pedro Aleixo, discordando do AI-5, permanecerá em nossa
história como sinal de coragem e de dignidade para as gerações futuras. Era a
expressão de suas convicções religiosas e democráticas e do seu incondicional
amor à liberdade. Teriam sido outros os rumos do Brasil se, como era de
direito, Pedro Aleixo tivesse ocupado a Presidência. Deus permita que a memória
desse cristão exemplar e líder político desperte em nossa juventude a esperança4.
__________
1 Abutere me quacumque hora.
2 MATEUS 20, 28. Ver também:
ASSIS, Margarida Drumond de. Dom Luciano, especial dom de Deus. Brasília:
Educam, 2012, p. 165.
3 ASSIS, Margarida Drumond de.
Op. cit. p. 61.
4 ALMEIDA, Luciano Mendes de. “Pedro
Aleixo. Centenário(1901-2001)”. Folha de São Paulo. São Paulo, sábado, 4 ago.
2001, seção “Opinião”. Disponível em: . Acesso em: 31 out. 2020. Cabe ressaltar
que, em 12 de setembro de 2011, a Presidente Dilma Rousseff sancionou Lei
declarando Pedro Aleixo Presidente do Brasil para todos os efeitos. Retrato
dele está na Galeria dos Presidentes da República, no Palácio do Planalto, em
Brasília.
-
Mineiro
de Belo Horizonte, 28.09.1932, Pe. José Carlos Brandi Aleixo, possui Doutorado
em Ciência Política, pela Georgetown University,Washington, D.C.Licenciaturas:
em Letras Clássicas e em Filosofia, pela Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro; em Teologia, pela Pontifícia Universidade de Comillas, Espanha.
Membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Membro das Academias:
Marianense de Letras; Brasiliense de Letras; Mineira de Letras; e Norte
Americana de Língua Espanhola. Presidente de Honra do Instituto Brasileiro de
Relações Internacionais. Vice-presidente da Sociedade Bolivariana do Brasil.
Numerosas condecorações no Brasil e no exterior (Colômbia, Panamá, Santa Sé,
Venezuela, etc.). Mais de 450 trabalhos publicados em 20 países em 9 idiomas.
Conferências em mais de 20 países. Professor Emérito da Universidade de
Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário