Fotos cedidas Irmãs , CEC Dom Luciano, Jardim Sinhá , São Paulo.
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PAI PEQUENO
Ernesto Olivero*
Pai pequeno,
Em São Salvador com Oscar Romero, tu estavas lá
e a polícia golpeava e disparava na multidão.
E tu estavas lá a consolar os feridos
a fazer passar o medo.
As pessoas diziam, “Abençoa-me (salva-me)”.
”Se puderes, abençoa-me (salva-me), Pai pequeno”.
Pai pequeno... aquele dia ficou impresso,
aquele nome te ficou impresso
na pele e no coração
marcado na vida.
Abençoa-me, Pai pequeno,
tu eras um gigante
que não tinha medo de nada;
a dor deturpou teu rosto
te deturpou,
mas não o teu coração,
Pai pequeno.
Você amava teu Deus
e Ele quanto te amava,
mas este Deus te levou
muito cedo consigo
para longe de mim e de tantos outros
que rezavam a Deus
para que ficasses aqui.
Nesta terra passou um homem
e os seus passos abençoaram a terra.
Para ele os meninos de rua não são um problema
mas a solução de todos os problemas.
Este homem ficava face a face
com os padres em crise
com os sem-terra
com os encarcerados...
Nesta terra passou um homem
bom como o pão,
bom como Deus.
Um homem que sabia escutar, sabia se calar.
E esta terra agora diz dele:
‘passou um homem de Deus, passou um santo.’
Bendito, Pai pequeno,
eras um gigante que não se intimidava.
A dor te pegou e te deturpou a face,
mas não o coração,
Pai pequeno.
(In: ASSIS, Margarida Drumond de Assis. Dom Luciano, especial dom de Deus, Brasília: Execu tiva, 2010, p. 283)
*Ernesto Olivero é italiano, fundador do Arsenal da Paz, em Turim - Itália, e também do Serviço Missionário Jovem - SERMIG, a Fraternidade da Esperança. Foi grande amigo de Dom Luciano e o ajudou a fundar em São Paulo, o Arsenal da Esperança.
O ator Kizio Makicélio e a escritora Margarida Drumond, ela em momento de autógrafo de Dom Luciano, especial dom de Deus (1.022 págs.), em ago. 2010, na CNBB - Brasília/DF, obra que originou as crônicas da Série de três volumes de "Dom Luciano, pastor e irmão", escritas para Rádio e transmitidas de 2011 a 2014.
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MARGARIDA DRUMOND LANÇA O VOL. II DA SÉRIE DE CRÔNICAS, DOM LUCIANO, PASTOR E IRMÃO
Aconteceu, nesta segunda/5 out. 2020, e dentro das possibilidades conforme as novas tecnologias, neste tempo de pandemia pelo novo coronavírus, o lançamento on-line (Zoom) de DOM LUCIANO, PASTOR E IRMÃO – Crônicas, Vol. II, livro da escritora e jornalista, Profa. Margarida Drumond de Assis.
Como Mestre de Cerimônia, atuou Juliano Drumond de Medeiros, em Timóteo/MG, professor em plataformas de Mercado Financeiro, que, ao lado de sua filha de nove anos, Gabrielly Drumond, bem conduziu o evento e muito se comunicou com os que chegavam para o precioso momento da autora Margarida, nesta data entregando aos leitores seu novo livro. Como Juliano, o também filho da escritora, design gráfico e capista de Dom Luciano, pastor e irmão - Crônicas, Allan Drumond, assessorou o evento com o devido apoio tecnológico.
Margarida Drumond falou de sua alegria ao entregar o Vol. II da Série sobre a vida de Dom Luciano, com o título conforme o programete que divulgou as crônicas na Rádio 9 de Julho, da Arquidiocese de São Paulo, de 2011 a 2014, simultaneamente ao que fez a Rádio Educadora de Cel. Fabriciano/MG, àquela época dirigida pelo missionário redentorista, Pe. Vanderlei Santos de Sousa, que prefaciou a presente obra. A escritora enfatizou também a data, hoje, que lembra o nascimento do biografado, homenageando-o, im memoriam. O Vol I foi lançado, também virtualmente, dia 27 pp., com o que se fez memória dos 14 anos do falecimento do jesuíta; o volume III, que fecha a Série, deverá vir a público até o final deste ano. Dom Luciano, pastor e irmão, escrito em crônicas, foi uma forma que Margarida Drumond encontrou para tornar ainda mais conhecido o legado de vida deixado por Dom Luciano, um amor de total diaconia evangélica, de acordo com pesquisas feitas, depoimentos ouvidos, viagens e muito mais para o lançamento em 2010, em São Paulo, de Dom Luciano, especial dom de Deus (1.022 págs), para o qual Margarida Drumond pesquisou no Brasil, na Itália e na Colômbia, locais de referência na vida do arcebispo que tanto atuou na Igreja do Brasil e além-fronteiras.
Duas apresentações muito chamaram a atenção no evento: primeiro se apresentou a pianista mirim, Gabriela Raquel Pacífico Soto, filha dos músicos Raquel Pacífico e Ricardo Soto; em outro momento, o ator e diretor teatral, advogado Kizio Makicélio, com a poesia “Pai pequeno”, de autoria de Ernesto Olivero, italiano de Turim e fundador do Arsenal da Paz e do Serviço Missionário Jovem – SERMIG, a Fraternidade da Esperança. Amigo de Dom Luciano, Ernesto o ajudou a fundar em São Paulo o Arsenal da Esperança.
Juliano Drumond discorreu rapidamente sobre Margarida Drumond, destacando seus 43 anos de Literatura e 23 livros solo; mostrou a capa e orelhas do livro; outros dados e apresentou, da 4ª capa, uma sinopse com base no Prefácio escrito pelo missionário redentorista, Pe. Vanderlei Santos de Souza, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Floresta, Juiz de Fora/MG. Presentes, dentre outros, familiares de Margarida residentes em Brasília, Vitória e Salvador – irmãos, primos, sobrinhos, filhos, neta; amigos do meio literário e a Maestrina do Coral Alegria, de Brasília, Profª Ana Boccucci; a escritora vice-presidente da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB, Coordenadoria Distrito Federal, entidade da qual Margarida Drumond é presidente fundadora; a escritora e artista plástica, há muitos anos acompanhando Margarida nas lides literárias, Tânia Gomes; e o escritor e poeta José Carlos Ferreira Brito. Em breves palavras, Meireluce falou sobre a atuação firme e corajosa da amiga escritora, enfatizando que não conhece em Brasília quem escreva tanto quanto ela e o faz sempre muito bem, com obras bonitas e edificantes. Pontuou sobre o que já frisou o escritor e poeta, Brito, dando à amiga Margarida o nome de “máquina de escrever”. Momento de descontração, Juliano recordou o tempo de sua mãe catequista em Timóteo, escritora e sempre organizando eventos com as crianças, ele uma delas junto com os irmãos Gelmar e Allan, muito animados, ele próprio interpretando o cantor Michael Jackson, dado que deu a total conotação de família no alegre evento. E se registre ser a pianista mirim, Gabriela Raquel sobrinha-neta de Margarida Drumond.
No encerrar do evento, lembrando o destacado por Meireluce Fernandes quando falava da intensa produção de Margarida Drumond, foi anunciado o lançamento, para este mês de outubro, do livro de poesias, Portal de emoções. E, conforme destacou Meireluce, prefaciadora da obra, “todos os poemas e textos são um bálsamo para as nossas almas, são como janelas que se abrem, um verdadeiro entoar de emoções, revelando-nos as nuances do cotidiano".
A pianista-mirim, Gabriela Raquel Pacífico Soto, no evento de lançamento, on-line, do livro "Dom Luciano, pastor e irmão" - Crônicas Vol. II, da escritora e jornalista Profa. Margarida Drumond de Assis, 5 out. 2020; também, um instante do evento, conforme nos permitem as telas virtuais; e um pouco sobre a autora.
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